Diretores de unidades prisionais de todo o Estado, autoridades e demais funcionários da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) lotaram o auditório da Escola de Serviços Públicos do Estado da Paraíba (Espep), em Mangabeira, durante o I Encontro Estadual de Diretores de Presídios, ocorrido durante toda a última sexta-feira (22), com o objetivo de promover o debate das gestões das unidades prisionais, pautado na valorização do privado de liberdade e acolhimento da família, configurando-se assim como uma oportunidade para debater a política de administração penitenciária da Paraíba.
Na ocasião, o secretário de Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, deu as boas vindas aos participantes e agradeceu o empenho de toda a equipe ao longo deste ano. “O trabalho desenvolvido pela Seap ganhou visibilidade e atualmente é referência em nível nacional em diferentes aspectos, tanto na parte disciplinar como na ressocialização, e os grandes responsáveis por este sucesso são vocês, agentes penitenciários e diretores de unidades, que diariamente estão trabalhando de forma árdua e, desta forma, estamos mudando a cara do sistema penitenciário paraibano para melhor”, afirmou.
A ouvidora do Estado, Tânia Brito, fez questão de ressaltar o trabalho da ouvidora da Seap, Gabriela, e falou do trabalho desenvolvido pela ouvidoria estadual: “A ouvidoria é tão boa para a gestão pública como é para a sociedade. Nós trabalhamos nesta perspectiva do controle social, que é necessário porque se constitui como o espelho das nossas ações”.
Durante a sua fala, a gerente de ressocialização, Ziza Maia, falou das ações do programa Cidadania é Liberdade, nos seus diferentes eixos e enfatizou o processo educacional do sistema prisional paraibano. “Temos alunos matriculados no ensino fundamental, alfabetização, ensino médio e no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), além dos exames supletivos e ENEM”, comentou.
O diretor da Espep falou da importância da aproximação da sociedade com o sistema: “O grande desafio não é transformar indivíduos, e sim, pensar o conjunto do arranjo social vigente”. E finalizou com uma pergunta provocativa: “Será que estamos aptos a transformar nosso próprios valores?”
A professora Ivanilda Gentle, que fez parte da comissão organizadora do evento, também falou da iniciativa: “Tivemos um dia marcante, onde todos tiveram a oportunidade de falar das suas dificuldades e avanços e de forma coletiva avaliarmos as melhores estratégias para sanar os problemas de diversas naturezas que existem no sistema, assim como, potenciar o que vem dando certo”.