A programação da manhã desta sexta-feira (22) para elaboração do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento do Nordeste (PCTI/NE) começou com a apresentação da metodologia de trabalho das oficinas de grupos, por Sergio Kelner, colaborador do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), órgão supervisionado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), vetor do processo para elaboração dos Planos Regionais para CT&I. O evento teve início nessa quinta-feira (21), no Hotel Caiçara, em João Pessoa, e termina na noite desta sexta, com a participação de representantes de várias instituições de ensino, pesquisa, desenvolvimento, economia e fomento da Paraíba.
Sergio Kelner fez uma breve apresentação sobre o propósito do PCTI/NE, que deve ser desenvolvido ao longo dos próximos 20 anos. Segundo ele, será um plano com a visão de execução a curto, médio e longo prazo. Kelner detalhou o planejamento participativo para elaboração do PCTI e suas engrenagens: ter uma sólida base técnica e científica, conhecimento e realidade integrados da área e comprometimento dos atores envolvidos no processo. “Pensar o futuro, definir rumos e tomar decisões integradas”, salientou.
Nas oficinas desta sexta-feira, são trabalhados os temas: Base Científica Tecnológica; Inovação, Competitividade e Empreendedorismo; e Novas Tecnologias e Prioridades de Pesquisa e Desenvolvimento. Cada tema é trabalhado por grupos específicos de representantes de instituições públicas e privadas, a exemplo da UFPB, UFCG, UEPB, IFPB, Unipê, FIP, Embrapa, Insa, Empreender, BNB, Sebrae e órgãos governamentais.
Os relatores dos grupos irão apresentar as propostas colocadas pelos participantes em plenária. O grupo do tema ‘Base Científica Tecnológica’ levará como aspectos a serem considerados, a capacitação técnica e científica, infraestrutura e fortalecimento institucional. Já o grupo do tema ‘Inovação, Competitividade e Empreendedorismo’ vai trabalhar a partir da transformação da dinâmica socioprodutiva regional (processo de articulação da base científica com a tecnologia). E o último grupo do tema ‘Novas Tecnologias e Prioridades de Pesquisa e Desenvolvimento’ vai pensar em alternativas, por exemplo, para a baixa produtividade na região, uso sustentável dos recursos naturais, impactos nas transformações resultantes das mudanças climáticas – seca, desertificação, novas tecnologias para sustentabilidade, Arranjos Produtivos Locais, etc.
Segundo Henrique Villa, consultor do CGEE, com a elaboração do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento do Nordeste (PCTI/NE) vai haver um aumento do valor destinado para ações em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Nordeste, e vai também resultar numa melhor distribuição dos recursos nos Estados. “A intenção é também favorecer os municípios do interior, interiorizar os recursos”, destacou. Atualmente, em torno de 13% dos recursos destinados à Ciência Tecnologia e Inovação pelo Governo Federal é repassado para a região Nordeste.