O Governo do Estado, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), está trabalhando em conjunto com os Ministérios Públicos Estadual e Federal para fiscalizar o uso da água no Canal da Redenção, nas Várzeas de Sousa. A parceria foi firmada nesta sexta-feira (29), durante reunião no Centro de Apoio Operacional as Promotorias de Justiça do Meio Ambiente (CAOP), em João Pessoa.
No encontro entre promotores de justiça e dirigentes da Agência Estadual foi reafirmada a necessidade de diminuição das áreas irrigadas e da realização de um recadastramento dos usuários. “Vamos dar prioridade aos pequenos irrigantes, aqueles que têm culturas de subsistência. O objetivo é fazer com que esta água atenda a um maior número de pessoas e não fique concentrada nas grandes irrigações”, informou o presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho.
O coordenador do CAOP, Andrea Bezerra Pequeno Alustau, destacou a importância do trabalho realizado pela Aesa e garantiu apoio aos promotores que atuam em casos ligados a recursos hídricos e meio ambiente. “Esta parceria fortalece o bom trabalho que vem sendo desenvolvido pela Aesa e melhora a atuação do Ministério Público. O papel do CAOP é formar este elo de ligação entre os órgãos estaduais e os promotores, fazer esta intermediação em prol da população e resolver problemas como o conflito pela água do Canal da Redenção”.
Revitalização – Em maio deste ano, o governador Ricardo Coutinho autorizou a reforma do Canal da Redenção com investimentos na ordem de mais de R$ 1 milhão. Quando estiver pronto, o Projeto de Irrigação Várzeas de Sousa vai beneficiar 395 famílias e gerar cerca de 5 mil novos empregos diretos – e aproximadamente 12 mil indiretos. A expectativa é que nessa área sejam produzidos banana, goiaba, manga, melão, algodão e hortaliças, além de ovinocultura orgânica.
O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado com a finalidade de impulsionar e dinamizar a agricultura nessa região. A infraestrutura é composta por um canal de 37 km de extensão, onde há túneis, sifões e galerias. Compõem ainda o projeto um reservatório de compensação, estação de bombeamento, subestação elétrica, adutoras, reservatório de distribuição, rede de drenagem, rede viária, cercas do perímetro, reserva legal e centro gerencial.