Os agentes penitenciários da Paraíba passaram a contar com um centro de treinamento para atividades físicas e defesa pessoal. O espaço, que já foi inaugurado na Penitenciária de Segurança Máxima Criminalista Geraldo Beltrão, em João Pessoa, é intitulado Centro de Treinamento Júlio Gutemberg, em homenagem ao antigo chefe de disciplina daquela unidade penal, morto em acidente automobilístico em 2012, durante viagem de trabalho.
A unidade prisional de segurança máxima de Mangabeira conta também com um canil e abriga atualmente 247 detentos. Lá trabalham 60 agentes de segurança prisional. Outros projetos fazem parte do cotidiano do local, a exemplo da fabricação de bolas, cursos de capacitação, plantio de hortaliças e piscicultura.
Contenção qualificada – Os treinamentos serão orientados pelo educador físico Péricles Henrique, que também é diretor adjunto da instituição. As atividades fazem parte de um processo de formação que objetiva o melhoramento do condicionamento físico dos agentes, assim como aprimorar de forma contínua técnicas de imobilização e defesa, elementos primordiais para a realização da contenção qualificada.
O secretário de Administração Penitenciária, Wallber Virgolino, destacou a importância da instalação do centro. “Eu acompanhei a vontade dos agentes da Penitenciária Geraldo Beltrão em ter um centro de condicionamento físico e defesa pessoal, por isso, faço questão de parabenizá-los por mais esta conquista, que não se restringe a esta unidade, mas a todo o sistema prisional paraibano”.
De acordo com a gerente de ressocialização, Ziza Maia, para a concretização de uma ação como esta se faz necessário o comprometimento e a dedicação de toda uma equipe. “Mas a direção tem que demonstrar vontade para poder contagiar a equipe, e foi exatamente isto que aconteceu no processo de idealização deste centro. É a concretização de um sonho coletivo”, definiu.
O diretor da unidade prisional, João Rosas, destacou que a partir de agora os agentes terão condições de se preparar melhor. “Vamos, com isso, buscar diminuir o uso de armamentos, mesmo não letais, além de que a manutenção do condicionamento físico vai elevar a qualidade de vida dos agentes, visto que a nossa profissão é considerada uma das mais estressantes”.
Segundo o diretor adjunto, Péricles Henrique, o projeto será estendido às outras unidades. “Neste ambiente, iremos vivenciar um aprendizado cotidiano para o aperfeiçoamento e a formação de cada um de nós no desenvolvimento das nossas atividades”, completou.