O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana e da Secretaria de Estado da Saúde, realiza a partir desta segunda-feira (10) a Semana da Visibilidade Trans, que integra o Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado dia 29 de janeiro. O evento acontece até esta sexta-feira (14), no Hospital Clementino Fraga e no Parque Solon de Lucena, em João Pessoa, com discussões de temas como a luta pelos direitos humanos e cidadania de travestis e transexuais, além do enfrentamento à homofobia.
Para a secretária executiva da Mulher e da Diversidade Humana, Nézia Gomes, o Governo do Estado fortalece a rede de atendimento ao público de travestis e transexuais oferecendo serviços estruturantes como o Espaço LGBT, que disponibiliza atendimento jurídico, psicológico e assistência social.
“O Governo da Paraíba respeita a diversidade sexual. O Espaço LGBT, por exemplo, concluiu, com êxito, 17 processos judiciais de mudança de pré-nome de travestis e transexuais, do interior e da capital, garantindo a retificação do nome de registro em todas as documentações oficiais, inclusive, certidão de nascimento e RG. Existem outros 10 processos em andamento”, afirma.
Os trans homens são mulheres que passaram ou que passam pelo processo de transexualização para o corpo masculino, isto é, já retiraram os seios, tomam hormônios masculinos e fizeram implantes. As trans mulheres são homens que passaram por este mesmo processo, mas no sentido inverso, para corpos femininos.
Para a socióloga, professora do Departamento de Comunicação Social da UFPB e pesquisadora na área de gênero, sexualidades e pós-modernidade, Margareth Almeida, a transvisibilidade tornou-se pauta nesta reivindicação de sair dos guetos e percorrer as ruas.
“Através da construção do corpo, do sexo e da interpretação do gênero escolhido, os trans reafirmam as múltiplas possibilidades de produção do gênero no território da ambiguidade. Delatam a existência de novos estilos de vida. É o momento de mostrar as caras, histórias, desejos e desafiar as próprias nomeações, já que estas não conseguiram dar conta dos significados múltiplos e passageiros de quem os vivencia”, explica Margareth.
Programação
Local: Complexo Hospitalar Clementino Fraga
10/02 (segunda-feira)
14h30 – Mesa de debate “Conhecendo o Ambulatório de Saúde para Travestis e Transexuais da Paraíba”.
11/02 (terça-feira)
9h – Mesa de debate “Direitos e Cidadania de Travestis e Transexuais”
12/02 (quarta-feira)
9h – Mesa de debate “A hormonioterapia no processo transexualizador”
13/02 (quinta-feira)
9h – Mesa de debate “A importância da Psiquiatria e da Psicologia no atendimento à saúde de travestis e transexuais”
Local: Parque Solon de Lucena
14/02 (sexta-feira)
Das 9h às 12h – Divulgação dos serviços ofertados no Espaço LGBT e Ambulatório de Saúde para Travestis e Transexuais e exposição fotográfica “Variações do feminino – poéticas do universo trans”.