A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) iniciou, na manhã desta terça-feira (8), a implantação do sistema de monitoramento dos reeducandos por meio do uso tornozeleiras eletrônicas. Os equipamentos começaram a ser testados em 10 reclusos do regime aberto e semiaberto que têm bom comportamento e vão participar desta etapa até a próxima sexta-feira (11). Esse período de testes do equipamento será acompanhado pelo especialista em telecomunicações da empresa Synergye Tecnologia da Informação LTDA, Nilson Oliveira Gomes.
O investimento total do projeto é de R$ 800 mil e a empresa fornecedora dos equipamentos já realiza o monitoramento em mais cinco Estados brasileiros. No projeto inicial da Seap serão adquiridas 3.000 tornozeleiras para serem usadas assim que o período de testes terminar e que o Judiciário determinar o começo do monitoramento dos reeducandos, dependendo da situação de cada indivíduo previamente analisada pela justiça paraibana.
“O Estado da Paraíba vai ser beneficiado, a sociedade em geral e o próprio reeducando também, pois o objetivo do projeto é aproximar o preso da família e diminuir a superlotação nas unidades prisionais. Além disso, esse trabalho vem somar com outros projetos de ressocialização que já ajudam muitos reeducandos do Estado a cumprir suas penas de forma digna”, explicou o secretário da Administração Penitenciária, Wallber Virgolino.
“Para mim é uma vitória muito grande estar perto da minha família. E também uma segurança, porque o sistema de monitoramento mostra onde estamos 24 horas, caso aconteça algum crime na área que ficamos, o próprio sistema vai provar que não fomos nós que cometemos aquele crime”, comentou José da Silva, reeducando do regime semiaberto.
Equipamentos – As tornozeleiras ou pulseiras funcionam aproximadamente de 28h a 36h, necessitando serem carregadas apenas por duas horas diárias. O mesmo equipamento já é usado no Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas, Pará e Alagoas e cada um custa R$ 400,00. O perímetro que cada preso vai ser monitorado a princípio ainda vai ser definido pela Seap, em comum acordo com o juiz das Execuções Penais. A previsão do local de implantação da Central de Monitoramento é a própria Seap, no Centro de Operações Penitenciárias (Copen).