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Cedmex inicia informatização da entrega de medicamentos

terça-feira, 30 de junho de 2009 - 13:55 - Fotos: 

O Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Cedmex) inicia, nesta quarta-feira (1º), o processo de informatização do órgão, com a implantação de um sistema, que vai desburocratizar o serviço e reduzir de duas horas para 20 minutos o tempo de espera dos pacientes. A Paraíba será o 13º estado brasileiro a implantar o Sistema Informatizado de Dispensação de Medicamentos Excepcionais (Sismedex), desenvolvido pelo Ministério da Saúde (MS).

O Sismedex vai informatizar as fichas dos usuários, que conterá não apenas os dados pessoais, mas também todo o seu histórico médico, com laudos e exames. “Isso vai evitar a demora no atendimento, porque com o sistema antigo, os atendentes precisam recorrer ao arquivo de papel para checar as informações antes de entregar os medicamentos”, explicou Roberlandia Freire, diretora do Cedmex.

Consulta demorada – Pelo sistema antigo, os processos são analisados manualmente pela comissão farmacêutica, que emite o parecer antes da liberação dos remédios. Só essa consulta demora, em média, 40 minutos e um novo parecer precisa ser emitido cada vez que o usuário vai ao Cedmex. “O serviço é muito bom, o problema é a demora. Espero que depois desse programa novo, isso seja resolvido”, comentou o aposentado Francisco Pinheiro de Oliveira Filho, 62 anos.

Com o Sismedex, o parecer será feito diretamente na tela do computador e valerá por três meses. “O usuário não vai mais ter que ficar esperando pelo parecer, que será emitido previamente pela comissão”, disse Roberlandia Freire.

Correção de falhas – Outra vantagem do sistema é a correção automática de algumas falhas existentes no programa antigo, que não permitia, por exemplo, a distribuição de uma quantidade de medicamentos maior do que a indicada na bula, mesmo que tenha sido prescrita pelo médico. Com o novo sistema, o paciente vai poder levar para casa exatamente a quantia descrita na receita. “Essa novidade é ótima porque eu mesma já voltei várias vezes para casa com a metade dos comprimidos que o médico havia receitado”, comentou a dona-de-casa Marisa Rosa da Costa, 63 anos.

O programa dará segurança aos usuários, à medida que não permitirá que ele receba dois medicamentos incompatíveis. Alguns pacientes tomam mais de um tipo de remédio e alguns eliminam o efeito de outros. O sistema novo também vai corrigir esta falha.

A aposentada Edite Alves, 66 anos, disse que sem o Cedmex, não teria condições de comprar os remédios do irmão, que sofre do mal de Alzheimer. “A nossa renda é de um salário mínimo e, se não fosse o Cedmex, jamais teríamos condições de comprar. O serviço só não é melhor, porque a gente demora muito aqui”, disse. 

Equipe – Doze funcionários vão trabalhar no Sismedex, sendo seis atendentes, que ficarão responsáveis pelo cadastramento e recadastramento dos usuários e seis na dispensação. “Estamos apostando nesse programa, que vai melhorar muito a qualidade do atendimento, tendo em vista que a saúde é uma das prioridades do governador José Maranhão. Desde o ano passado, o Ministério da Saúde vinha tentando implantar o sistema, mas não conseguia. Em março deste ano, fizemos a solicitação e começamos a trabalhar com o apoio do Ministério. A Secretaria de Saúde do Estado vem nos dando todo o suporte necessário”, disse Roberlandia.

O Cedmex – A equipe do Cedmex e alguns funcionários do setor de informática da Secretaria de Estado da Saúde (SES) foram treinados por técnicos do MS para colocar o programa em funcionamento. O Cedmex é um serviço do Governo do Estado, mantido pela SES, que distribui 223 tipos de medicamentos excepcionais para mais de 38 mil pacientes transplantados e com doenças como osteoporose, mal de Alzheimer, asma, esquizofrenia e epilepsia, entre outras.

O serviço funciona de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 19h, na Rua Capitão José Pessoa, em Jaguaribe, na Capital. A distribuição das fichas se encerra às 16h. A farmácia não funciona no último dia útil do mês, porque fecha para balanço, segundo prerrogativa do Ministério da Saúde.

Assessoria de Comunicação da SES-PB