Durante todo o dia desta sexta-feira (21), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), promoveu a oficina para construção do plano de combate aos surtos de Doença Diarreica Aguda (DDA) para secretários municipais de saúde, na Casa de Recepções Versailles, no Bairro dos Estados, na capital.
“A Paraíba foi o primeiro estado a promover o evento. Até o final de abril realizaremos nos outros estados nordestinos”, disse Sandra Kennedy Viana, chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.
Para Sandra Núbia Pereira, secretária de Saúde do município de São Bento e vice- presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), os profissionais da atenção básica se acomodam e terminam banalizando um assunto extremamente importante como as doenças diarreicas. “Às vezes a pessoa já chega ao hospital desidratada. Se ela tivesse sido atendida devidamente na rede de atenção básica, ficaria boa sem precisar ir até o hospital. É a primeira vez que estamos tratando deste assunto de forma bastante séria e espero que o plano venha surtir efeito nos municípios”, disse Sandra.
Durante a apresentação dos dados da doença na Paraíba, a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares, falou que há muita fragilidade no repasse das informações referentes à doença dos municípios para o estado e aproveitou para fazer um apelo, para que repassem os dados e somente dessa forma sejam tomadas as medidas. Pelos números apresentados, verifica-se que o maior número de mortes, por doenças diarreicas, está na faixa etária dos 70 a 80 anos.
A secretária executiva da Secretaria de Estado da Saúde, Cláudia Veras, também participou do evento e demonstrou preocupação quanto a algumas questões que estão ligadas às doenças diarreicas. “A gente se preocupa com a higiene e qualidade da água. Compreendendo estas questões, principalmente no período de estiagem, o Governo do Estado tem trabalhado muito com todos os municípios fazendo o abastecimento e se preocupando com a qualidade da água. Mas a ajuda das equipes da atenção básica é fundamental, porque temos muitos profissionais perto das famílias e podem ajudá-las a evitar as complicações que surgem com a diarreia”, concluiu.