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Centro Especializado faz 11 mil procedimentos mensais para diagnóstico precoce

segunda-feira, 7 de abril de 2014 - 16:37 - Fotos: 

Inauguração do CEDC 270x192 - Centro Especializado faz 11 mil procedimentos mensais para diagnóstico precoceO Dia Mundial de Combate ao Câncer será lembrado nesta terça-feira (8). A detecção precoce da doença aliada a um tratamento eficaz aumenta as chances de cura do paciente. Por isso, o Governo do Estado investiu recursos próprios de R$ 1,2 milhão na implantação do novo Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC), da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Desse montante, R$ 1,1 milhão foi para aquisição de equipamentos e mais R$ 50 mil na estruturação do prédio climatizado e moderno. O local é responsável por cerca de 11 mil atendimentos mensais, entre exames e consultas.

A diretora geral do CEDC, Roseane Machado, destaca que a data de 8 de abril representa um momento de reflexão, pois há uma relação direta entre prevenção, diagnóstico precoce, tratamento eficaz e cura. “Quanto mais rápido as pessoas identificarem a doença mais chances de cura terão. Aliadas ao diagnóstico precoce, práticas saudáveis também ajudam bastante”, ressalta.

CEDC INAUGURAÇÃO 270x192 - Centro Especializado faz 11 mil procedimentos mensais para diagnóstico precoceA infraestrutura do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer, assim como o atendimento oferecido no local, é elogiado pelos pacientes. A manicure Dárcia Gomes, de 47 anos de idade, estava há dois anos lutando para descobrir o problema da filha de 11 anos. A criança tem nódulos na garganta e foi encaminhada, recentemente, para o CEDC. “Estou impressionada com o lugar. É bastante organizado, limpo, acolhedor e o atendimento é nota dez. No primeiro dia, minha filha já fez todos os exames solicitados e agora aguardo o resultado”, relata. “Estou muito confiante que vai dar tudo certo. Um bom atendimento na área de Saúde faz toda diferença. E isso encontramos no CEDC”, afirmou.

A auxiliar de cozinha Ana Maria Crispim, 49, também foi beneficiada pelo Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer. Ela foi encaminhada pela Unidade de Saúde da Família (USF) da Ilha do Bispo e fez uma punção de tireoide e está aguardando o resultado. “O atendimento no CEDC é excelente. Parece até uma clínica particular”, comparou.

Mamógrafo Catolé do Rocha 270x202 - Centro Especializado faz 11 mil procedimentos mensais para diagnóstico precoceA classe médica que trabalha no CEDC também não poupa elogios. A médica citopatologista Vera Melo, por exemplo, tem uma explicação para a eficácia do trabalho desenvolvido no local: “É o casamento perfeito: diagnóstico, tratamento e acompanhamento”.

Diante dos relatos de pacientes e profissionais, a diretora geral do CEDC destacou que o Centro Especializado ainda passará por outras melhorias. “Nós temos que acabar com essa ideia de que o SUS não presta e oferecer o que há de melhor para a população”, argumentou. “Até o final do ano estaremos adquirindo um aparelho de mamografia. O CEDC é um serviço completo que nivela o serviço público por alto”, enfatizou Roseane Machado.

Ainda de acordo com Roseane, o Centro Especializado está se programando para aumentar, ainda este ano, a oferta de serviços. Para isso, em maio e junho será promovida uma capacitação para os profissionais das Unidades de Saúde da Família (USFs) de todo estado voltada à detecção precoce do câncer de mama. O evento será promovido em parceria com a Coordenação de Saúde da Mulher, da SES, e a ONG Amigos do Peito.

Encaminhamentos do CEDC– O Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer trabalha com a prevenção da doença, por meio da detecção precoce. O serviço funcionava na avenida João Machado desde 1998. Porém, a partir 3 de dezembro do ano passado, ele passou a ser oferecido em novas instalações, na Avenida Duarte da Silveira, 590, Centro de João Pessoa. Cerca de 11 mil pessoas são atendidas, mensalmente.

Mamógrafo Guarabira 270x179 - Centro Especializado faz 11 mil procedimentos mensais para diagnóstico precoce

Vários serviços estão à disposição da população no CEDC, entre os quais as consultas especializadas com mastologista e ginecologista. Há ainda o tratamento de lesões de alto grau no colo do útero, por meio da cirurgia de alta frequência. Os exames também podem ser feitos no local, a exemplo de biópsias; leituras de lâminas, com material coletado nessas biópsias; punções aspirativas por agulha fina de mama e tireoide; laboratório de citopatologia; ultrassonografias de mama, tireoide, transvaginal, abdômen total e pélvica; além de biópsia percutânea guiada por ultra (Core Biopsy), que permite tirar um pequeno fragmento da lesão para análise da mama.

O CEDC possui 17 médicos, entre os quais patologista, citopatologista, mastologista, ginecologista e ultrassonografista. O quadro de profissionais conta ainda com oito técnicos de enfermagem, coordenados por um enfermeiro; quatro citotécnicos; e mais 15 técnicos de laboratório.

Para ter direito aos serviços do CEDC, o usuário precisa ser encaminhado por alguma unidade de saúde. O telefone do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer é o 3218-5369. O local funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 17h.

Se o usuário for diagnosticado com câncer, o CEDC o encaminha ao serviço de referência no Estado, que é o Hospital Napoleão Laureano. Enquanto isso, os que apresentam lesões benignas são acompanhados pelos médicos do próprio Centro Especializado, durante um período de dois a cinco anos.

Equipamentos – A luta travada no combate ao câncer na Paraíba é constante. Entre as diversas ações realizadas pelo Governo do Estado está a construção do Hospital do Câncer de Patos, que é o primeiro da região do Semiárido nordestino, previsto para ser inaugurado ainda este ano. A unidade vai beneficiar sete gerências Regionais de Saúde (GRS), que integram 89 cidades. Isso representa a melhoria de acesso ao serviço para uma população de 902.310 habitantes.

Outra iniciativa importante no combate ao câncer foi a inauguração do serviço de mamografia do Hospital Regional de Guarabira, que aconteceu no final do ano passado. Ele tem capacidade para 600 exames mensais, atendendo à demanda de 26 municípios do Brejo paraibano. Só para colocar o mamógrafo em funcionamento, foram investidos R$ 35 mil.

Hospital de cancer de Patos 270x181 - Centro Especializado faz 11 mil procedimentos mensais para diagnóstico precoce

Um pouco antes, em maio de 2014, o governador Ricardo Coutinho inaugurou mais um serviço de mamografia. Dessa vez foi no Centro de Saúde Municipal da cidade de Catolé do Rocha, onde são realizados exames em mulheres de dez municípios da região. O mamógrafo foi adquirido por meio de uma pactuação entre as Prefeituras de Pombal e de Catolé do Rocha e da Secretaria de Estado da Saúde, no valor de R$ 125 mil.

Além de criar novos serviços, o Governo do Estado também se preocupa com a estruturação daqueles já existentes. Em março de 2012, por exemplo, foi doado um acelerador linear no valor de R$ 2,1 milhões ao Hospital Napoleão Laureano. O aparelho beneficia hoje mais de 100 usuários por mês.

Ainda dentro dessa perspectiva de manutenção dos serviços existentes, a Secretaria de Estado da Saúde repassa cerca de R$ 840 mil para aquisição de medicamentos voltados a dois mil pacientes em tratamento quimioterápico. Isso é possível por meio de convênio firmado com a entidade filantrópica Fundação Assistencial da Paraíba (Hospital da FAP), de Campina Grande.

Ha também a distribuição de medicamentos feita pelo Núcleo da Assistência Farmacêutica (NAF), da Secretaria da Saúde. Os pacientes cadastrados têm direito aos seguintes medicamentos: Sunutinib (Sutent) Tarceva, Mabtera (Rituximabe), Herceptin, Thyrogen, Novadex D (Tamoxifeno), Temodal e Velcade (Bortezomide).

Estatísticas – De acordo com a Gerência Operacional de Resposta Rápida, ligada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), os dois tipos de câncer que mais mataram a mulher na Paraíba, durante os três primeiros meses deste ano, foram de os de mama e pulmão. O primeiro acarretou 28 óbitos. Já o segundo ocasionou 25 mortes. Verificou-se também que entre os homens o câncer de próstata e de pulmão são os mais letais. Cada um dos dois foi responsável por 39 falecimentos.