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Internos celebram Páscoa na Penitenciária de Psiquiatria Forense

quarta-feira, 30 de abril de 2014 - 11:42 - Fotos: 

PPF 2 270x202 - Internos celebram Páscoa na Penitenciária de Psiquiatria ForenseA celebração eucarística da páscoa da Penitenciária de Psiquiatria Forense (PPF) aconteceu na tarde dessa terça-feira (29), com a presença dos 88 internos da instituição. A missa foi celebrada pelo Padre Marcílio, da Paróquia São José, do bairro de Cruz das Armas, que enfatizou a solidariedade com os irmãos, que deve se estender durante todo o ano. O evento, que contou com a colaboração massiva dos agentes penitenciários e demais funcionários da unidade, é uma promoção da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap). Após a celebração, foi oferecido um lanche aos internos com bolos, doces salgados e refrigerantes.

O secretário Wallber Virgolino, que não pôde participar por conta de uma viagem de trabalho, agradeceu o empenho da equipe da PPF. “Faço questão de me reportar à equipe responsável pelo bom andamento das atividades nesta unidade, pela complexidade da mesma e pelo compromisso que a gente observa por parte da direção e do corpo de funcionários. Estendo a meu agradecimento ao Padre Marcílio Cavalcante, que sempre se faz presente nestes momentos de reflexão, dando a sua contribuição como sacerdote, pois além da disciplina, este trabalho espiritual é de suma importância no processo de recuperação destas pessoas que estão pagando por algum erro cometido”.

O diretor da unidade, Rogério Gominho, lembrou que essas pessoas que estão cumprindo medida de segurança ou pena, também são detentoras dos direitos previstos na lei de execuções penais. “A assistência religiosa faz parte desses direitos, para que elas possam mudar suas mentes e corações, sabendo que esta motivação é puramente endógena, ou seja, vem de dentro de cada um deles e este trabalho colabora com este objetivo”.

Padre Marcílio Cavalcante também falou da importância deste encontro espiritual. “Encontrar com estes irmãos, que estão reclusos por diversas situações que a vida lhes trouxe e muitos com dificuldades de saúde, principalmente mental, tem um valor especial, porque aqui nós encontramos aquela realidade humana do limite”.

A palavra de Jesus é muito forte, quando ele diz eu estava nu e me vestisse, eu estava preso e tu foste me visitar, eu estava doente e tu me acolheste, então quando a gente chega nessas realidades de fronteiras, que coloca no limite a vida, a gente percebe primeiro como é importante a palavra de Jesus na vida de quem de certa maneira perdeu as referências da sociedade, como a família e a liberdade, por erros diversos ou por falta de caminho e não podemos julgá-los. Então, nós os encontramos neste realidade, e mesmo assim, é bonito ver que existe uma vontade de acolhida, uma vontade de ser abraçado, de participar, de encontrar pessoas, mesmo que as vezes possa ser só um momento, mas este momento é mágico e nós, mais que nunca, encontramos Jesus, que é a boa notícia que enche o coração das pessoas, independente de onde elas estão e do grau de vida que elas têm e até mesmo, do grau de equilíbrio emocional. Para mim é gratificante estar aqui, porque encontro uma receptividade tão grande que muitas vezes não encontro em uma comunidade lá fora”, acrescentou o sacerdote.