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Artesãs ganham prêmio do Ministério da Cultura por trabalhos com labirinto

terça-feira, 23 de junho de 2009 - 11:03 - Fotos: 

A Associação das Artesãs Rurais de Serra Rajada, no município de Riachão do Bacamarte, estimulada pelo Programa do Artesanato Paraibano e o Sebrae-PB, melhorou a qualidade de seu principal produto, o labirinto, ganhou o ‘Prêmio Humberto Maracanã’, instituído pelo Ministério da Cultura. Os R$ 10 mil obtidos foram investidos na construção da sede da entidade, inaugurada na segunda-feira (22).

Para a entrega do prêmio, as 33 associadas (todas agricultoras) prepararam até bolo e entoaram cânticos de parabéns para expressar sua alegria por contar, a partir de agora, com um local onde poderão fazer suas reuniões e realizar suas atividades artesanais. A presidente da Associação, Terezinha Matias Cristovam, agradeceu o apoio recebido do Governo do Estado e de outros parceiros que abrem espaço para expor e comercializar seus produtos. “Cada parceiro colabora de alguma forma para conseguir este êxito”, disse.

A gestora do Programa de Artesanato Paraibano, Marielza Targino de Araújo, destacou o esforço e a dedicação das artesãs da Serra Rajada, que a quatro gerações trabalham com a produção artesanal na especialidade de labirinto. O prêmio do Ministério da Cultura é o reconhecimento pela continuidade da atividade por gerações e pelo compromisso de continuar ensinando aos jovens a mesma arte.

A gestora de Projetos de Artesanato do Sebrae na Paraíba, Verônica Ribeiro, comentou a parceria firmada com o governo estadual e destacou que “isso tem permitido obter conquistas como essa das artesãs daquela comunidade, seja com novos mercados e melhorando a qualidade dos seus produtos, ou agora com o prêmio oferecido pelo Ministério da Cultura”.

Tudo começou com dona Alexandrina Cristovam da Silva, de 91 anos, que ainda continua trabalhando na produção de labirinto como fazia há 60 anos, apesar de ser de forma mais lenta. Hoje são suas filhas, netas e bisnetas que se dedicam a essa atividade. Como antes, trabalham durante o dia na agricultura e à noite confeccionam labirinto.

     José Nunes, com fotos de Antônio David, da Secom-PB