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Obras de José Américo de Almeida ganham versões em braille e áudio

sexta-feira, 6 de junho de 2014 - 11:33 - Fotos: 

O livro “A Bagaceira” (1928) é considerado o marco inaugural do romance regionalista do modernismo brasileiro. A obra quase secular, escrita pelo paraibano José Américo de Almeida, será a primeira a ganhar uma edição em braille e outra versão em áudio. O projeto da Fundação Casa de José Américo (FCJA) vai se estender ainda para as demais produções literárias do autor, que serão distribuídas gratuitamente em escolas e bibliotecas.

O presidente da FCJA, professor Damião Ramos Cavalcanti, justificou o projeto pela importância nacional dos textos do escritor paraibano, que também é patrono da fundação. “Começaremos pela transcrição de ‘A Bagaceira’, porque a obra iniciou o regionalismo literário e modificou a história da literatura brasileira”, enfatizou. “Vamos ampliar o projeto para contemplar todas as obras de José Américo”, assegurou.

Para viabilizar o projeto, a presidência do FCJA já entrou em entendimento com a responsável pelo Serviço de Apoio à Inclusão da Fundação Dorina Nowill para Cegos (São Paulo), Mariana Orrico. A instituição fará a produção do livro nos formatos Braille e áudio. “Eles serão distribuídos, gratuitamente, para escolas, bibliotecas e organizações sociais do Brasil. Mariana prevê que no segundo semestre já seja possível obter frutos desta parceria”, previu o professor Damião.

Na opinião do presidente da Fundação Casa de José Américo, o áudio em formato MP3 vai promover mais acesso da população às obras do escritor paraibano. “Este serviço favorecerá, inclusive, as pessoas que estão dirigindo seu automóvel, ou viajando, e poderão desfrutar do acesso à obra daquele que foi um grande romancista regional”, destacou Damião. “Clássicos gravados de outros autores já tomam grande espaço nas melhores livrarias”, exemplificou.

A professora do Instituto dos Cegos, Gerluce Limeira Guimarães, que é portadora de necessidades visuais, e trabalha na biblioteca daquela instituição, vibrou com a proposta da Fundação José Américo e Almeida. “Sempre tive vontade de conhecer ‘A Bagaceira’ e esta oportunidade será muito bem vinda”, destacou.