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Paraíba reduz em 60,66% o número de notificações de dengue

terça-feira, 4 de novembro de 2014 - 16:16 - Fotos: 

As notificações de casos suspeitos de dengue entre 1º de janeiro e 28 de outubro deste ano tiveram uma redução de 60,66% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com verificação da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O 10º boletim da dengue traz a notificação de 6.716 casos suspeitos em todo o estado, contra 17.072 em igual período de 2013.

Dos casos notificados, 1.583 foram descartados e 3.066 confirmados por dengue. Dos casos notificados, foram identificados 146 casos de dengue com sinais de alarme, sendo 57 já confirmados, e oito casos como dengue grave, sendo seis confirmados. Os demais casos – 1.913 ao todo – seguem em investigação, aguardando o encerramento por parte das Secretarias Municipais de Saúde.

Quanto ao número de óbitos, não há alteração com relação ao último boletim. Até então, foram registrados seis casos, sendo dois em Campina Grande, um em Patos, um em Cuité, um em Cruz do Espírito Santo e um em Itapororoca. Levando em consideração o ano de 2013, no mesmo período, havia um total de 16 óbitos confirmados pelo agravo, o que demonstra uma redução de 62,5%.

De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega, a diminuição de casos pode estar associada às ações realizadas em 2013 e 2014. “Realizamos uma série de manejos clínicos da dengue destinados aos profissionais que prestam assistência nos serviços de saúde, além de alinhamento técnico, visitas técnicas aos municípios e monitoramento dos planos de contingência municipais”, informou.

Dos 223 municípios paraibanos, 195 registraram a ocorrência de casos no sistema até o momento, restando ainda 28 sem nenhuma notificação. “Até o 4º Boletim Epidemiológico, eram 113 municípios sem notificação. Neste 10° identificamos uma redução bem significativa. É importante evidenciar que sinalizar a possibilidade de casos suspeitos é uma forma de manter todas as equipes de vigilância e assistência atentas para o agravo, o que contribui para o desenrolar das demais ações de vigilância epidemiológica e ambiental necessárias para o controle da doença em seu território”, alertou a técnica responsável pela dengue na SES, Izabel Sarmento. 

Situação de Vigilância Ambiental 2014 – De acordo com estatísticas da SES, 21 municípios estão em situação de risco para ocorrência de surto: Alagoa Grande, Alagoa Nova, Aroeiras, Barra de Santana, Bom Sucesso, Cabaceiras, Cacimbas, Desterro, Esperança, Igaracy, Itaporanga, Malta, Massaranduba, Puxinanã, Riacho dos Cavalos, São Bento, São João do Rio do Peixe, São José dos Ramos, Sertãozinho, Sousa e Zabelê.

Nesses municípios devem ser revistos os trabalhos que estavam sendo desenvolvidos para fortalecer a prevenção e combate, para evitar um risco eminente de surto de dengue. Faz-se necessário a realização de um trabalho de mobilização social envolvendo a participação efetiva dos moradores, por meio de medidas de prevenção e eliminação de possíveis criadouros”, alertou Izabel.

Febre de Chikungunya – A doença infecciosa, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), apresenta sinais e sintomas como febre alta, de início súbito, artralgia (dor articular principalmente nas mãos, pés, cotovelos e joelhos) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.

Por se tratar de uma doença de aspectos semelhantes aos sintomas da Dengue e com a mesma forma de transmissão (mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus), a SES-PB recomenda a intensificação das ações de controle, bem como a divulgação em toda rede de saúde, pública e privada, sobre a conduta frente a um caso suspeito de Febre de Chikungunya, de acordo com orientações repassadas pelo Ministério da Saúde.

No Brasil, até a SE 42 (12/10 a 18/10) foram notificados 1.750 (100%) casos autóctones suspeitos de Febre de Chikungunya. Destes casos autóctones suspeitos, 682 (39%) foram confirmados, sendo 46 por critério laboratorial (14 em Oiapoque/AP, 24 em Feira de Santana/BA, 07 em Riachão do Jacuípe/BA e 01 em Matozinhos/MG) e 566 por critério clínico-epidemiológico. Dos casos restantes, 114 (6,5%) foram descartados e 954 (54,5%) continuam em investigação. Foram ainda registrados 38 casos importados confirmados por laboratório. Esses casos foram identificados nas seguintes unidades da federação: Amazonas (1), Amapá (1), Ceará (4), Distrito Federal (2), Goiás (1), Maranhão (1), Pará (1), Paraná (2), Rio de Janeiro (3), Rio Grande do Sul (2), Roraima (3) e São Paulo (17).

Na Paraíba, até então foram notificados três casos suspeitos de Febre Chikungunya. Destes, dois descartados e um segue em processo de investigação.

A SES informa que todo caso suspeito de Chikungunya deve ser notificado e inserido no Sinan Net pelas Secretarias Municipais de Saúde.