A VII Festa do Mel de Água Branca, no Sertão paraibano, destacou as potencialidades da atividade no semiárido. Durante o evento, que aconteceu na Comunidade Lagoinha, organizado pela Associação dos Criadores de Abelha e Agricultores Familiares de Água Branca e Região, houve apresentações culturais, esportivas e brincadeiras. Também aconteceu a exposição de produtos da agricultura familiar e tecnologia de produção suplementar de ração para os animais.
O escritório local da Emater Paraíba em Água Branca fez a entrega de 71 certidões de Declaração de Aptidão ao Pronaf para agricultores familiares, o que permite acessar as políticas públicas do governo.
Na sexta-feira (7) aconteceu o II Festival de Poetas Regionais do povoado, com a apresentação de duplas de repentistas. “A festa tem por finalidade trazer novos conhecimentos através de cursos, treinamentos e estímulo à cultura regional”, afirmou o presidente da Associação dos Criadores de Abelha e Agricultores Familiares de Água Branca e Região, José Aldo Pereira de Moura. Sobre a atividade apícola, ele destacou que tem crescido na região porque os agricultores viram como uma forma de aumentar a renda familiar.
Contando com a orientação técnica da Emater Paraíba, em parceria com o Sebrae, os 15 agricultores familiares integrantes da associação trabalham para obter o selo que permite a comercialização da produção. Com isso, será possível vender o produto sem a interferência de atravessadores. “A apicultura é uma atividade viável na região e no nosso município”, comentou. A associação conta com a casa do mel construída e os equipamentos já estão instalados.
O apicultor José de Arimatéia Caldeira, residente no Sitio Muritiba, que trabalha cuidando de colmeias desde o ano de 2008, reconhece a dificuldade de manter a atividade devido a estiagem que dizimou a vegetação. Das 28 colmeias que possuía, no ano de 2012 ficou com apenas quatro, mas tem conseguido retomar a atividade, estando neste momento com 14 colmeias.
Silagem – Na Festa do Mel os organizadores também aproveitaram para mostrar a potencialidade da caprinocultura na região. O agricultor familiar Antonio Caldeira, residente em Lagoinha, trabalha com um sistema de armazenamento de suplemento alimentar para os animais bastante prático e econômico. O feno é guardado em saco plástico, em pequena quantidade, que é usado pelos criadores sem prejuízo e nem muito investimentos.
“O ganho é muito grande no rebanho em condições e confinamento”, afirmou. Ele também trabalha com a confecção de blocos multinutricionais cuja tecnologia foi adaptada pela Emepa e que vem sendo levada aos criadores pela Emater Paraíba.