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Boletim aponta redução de 32,7% dos casos de dengue na Paraíba

sexta-feira, 6 de março de 2015 - 12:24 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta sexta-feira (6), mais um boletim de notificações de casos dengue e chinkungunya. O segundo boletim de 2015, referente ao período de 1º de janeiro a 3 de março (8ª semana epidemiológica de início de sintomas), mostra que foram notificados 699 casos de dengue na Paraíba.

Ao comparar o número de notificações deste ano com o mesmo período de 2014 (1038), os dados apontam redução de 32,7% dos casos de dengue. Entre esses casos, nove deles foram classificados como dengue com sinais de alarme (um confirmado e oito em investigação) e dois casos de dengue grave em investigação – todos eles sinalizados pelo município de João Pessoa.

“Embora tenha ocorrido uma redução do número de casos, queremos enfatizar aos profissionais de saúde a importância da notificação dos casos suspeitos de dengue para que não ocorra a falta de registro da doença. O Estado precisa ter o conhecimento da magnitude da situação epidemiológica para estruturar as ações de vigilância ambiental e epidemiológica”, frisou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, Renata Nóbrega.

Até o momento, dois óbitos por dengue seguem em processo de investigação – um no município de Alhandra, no Litoral Sul do estado, e outro no município de Marcação, no Litoral Norte. Os casos aguardam o resultado do laboratório do Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, e seguem acompanhados pela área técnica e municípios, conforme preconizado pelo protocolo do Ministério da Saúde.

Chinkungunya – Na Paraíba, até a 8ª Semana Epidemiológica, foram notificados três casos suspeitos de Febre de Chinkungunya pertencentes, respectivamente, aos municípios de Pombal, Alhandra e Campina Grande, sendo dois deles descartados e um ainda em processo em investigação, aguardando resultado.

A SES-PB informa que todo caso suspeito de Chikungunya é de notificação compulsória imediata e deve ser informado em até 24 horas às esferas municipal, estadual e federal através dos telefones: 0800.281.0023/ 3218-7331/ 8828-2522.

Em todo o Brasil, até a quinta semana epidemiológica de 2015, foram notificados 771 casos suspeitos de Febre de Chikungunya no Amapá (Oiapoque), Bahia (Feira de Santana, Riachão do Jacuípe, Baixa Grande, Ribeira do Pombal), Distrito Federal (Brasília), Mato Grosso do Sul (Campo Grande) e Goiás (Rio Quente). Em 2014 e 2015, foram ainda registrados 100 casos importados confirmados por laboratório, identificados no Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.

Controle do mosquito – Para o controle vetorial, a Gerência de Vigilância Ambiental da SES-PB ressalta que todos os municípios deverão realizar anualmente quatro ciclos de Levantamento de Infestação Predial (LIRAa e LIA), com periodicidade trimestral (janeiro, março, julho e outubro). Para isso, é necessário que todos os 223 municípios paraibanos realizem, na primeira quinzena de março de 2015, o segundo LIRAa ou LIA (este último para municípios abaixo de 2 mil imóveis), com o intuito de avaliação do Índice de Infestação Predial do Mosquito. Os resultados do LIRAa e LIA são importantes para o planejamento das ações de combate à dengue, bem como na prevenção da Febre de Chikungunya.

Através do LIRAa e LIA, existe um indicador entomológico que fornece informações para o direcionamento das atividades de controle do vetor da dengue, que se constitui nos recipientes existentes, isto é, aqueles com condições de acumular água. “Tendo em vista o início do período chuvoso, chega a preocupação com a questão da proliferação dos mosquitos. Os locais com possibilidade de armazenamento de água devem ser devidamente tampados”, alertou Renata Nóbrega.

O indicador é obtido por meio desse levantamento, realizado pelos municípios com periodicidade trimestral (janeiro, março, julho e outubro). Neste levantamento são obtidas informações sobre os recipientes pesquisados e aqueles com larvas de Aedes aegypti (vasos e pratos de plantas; inservíveis como latas, potes e frascos, garrafas e aqueles não removíveis como piscinas, bebedouros de animais, lonas e outros de utilidade para o morador).