As políticas públicas voltadas para as mulheres implantadas pelo Governo do Estado foram um dos focos da palestra realizada na manhã desta terça-feira (10), no Complexo Hospitalar Clementino Fraga. A palestra, ministrada pela presidente do Centro de Apoio à Criança e ao Adolescente (Cendac), Valquíria Alencar, faz parte das atividades que estão sendo realizadas durante toda esta semana pela direção do hospital para lembrar o Dia Internacional da Mulher.
Valquíria Alencar destacou os avanços e conquistas que a mulher vem alcançando nos últimos anos depois de muitas lutas. Entre as melhorias, a presidente da Cendac falou da lei aprovada na tarde dessa segunda-feira (9) pela presidente da República, Dilma Roussef, que, entre outros pontos, tipifica o feminicídio como homicídio qualificado, classificando-o também como crime hediondo e que prevê uma pena de 12 a 30 anos para o agressor.
Com relação às políticas públicas implantadas pelo Governo do Estado, a presidente do Cendac destacou a criação das duas casas abrigo, sendo uma em João Pessoa e outra em Campina Grande, onde a mulher paraibana terá todo acompanhamento, além de qualificação profissional para o mercado de trabalho.
Ela destacou também que a Paraíba já está bastante avançada em relação à criação da “Casa da Mulher Brasileira”, numa parceria com o Governo Federal. Valquíria Alencar disse que a Paraíba será o segundo estado a implantar esse serviço, que atualmente só existe em Goiás. “Será mais um espaço onde as mulheres terão a sua disposição um atendimento integral”, destacou.
A diretora administrativa do Clementino Fraga, Shirley Jucá, disse que comemorar o Dia Internacional da Mulher é de fundamental importância, já que a cada dia ela está conseguindo seu espaço no mercado de trabalho praticamente em ‘pé de igualdade’ com o homem sem esquecer, no entanto, o seu compromisso, a dedicação e a atenção para com a família. “A cada dia a mulher está conquistando novos horizontes e traçando caminhos que antes eram exclusivos dos homens, levando-se em conta a competência e o dinamismo com que elas desempenham suas funções no mercado de trabalho”, destacou.
A diretora geral do Hospital, Adriana Teixeira, explicou que a unidade de saúde tem 85% dos seus cargos ocupados por mulheres e apenas 15% por homens.
De acordo com ela, no livro “Microtendências”, o analista Mark J. Penn deixa alguns dados que merecem atenção como, por exemplo: as mulheres estão à beira de dominar as profissões baseadas nas palavras, como jornalismo, direito, marketing e comunicações; Nas relações públicas – a arte de ajudar as pessoas a exprimirem-se da forma mais correta –, as mulheres perfazem 70 % do ramo, um aumento face aos 30% dos anos 70. Desde 1970, o número de mulheres advogadas na América cresceu 2900% e cada vez mais mulheres estão a escolher trabalhos que exigem bastante força física; vão desde atletas a primeiros socorros, trabalhadores da construção e até soldados.