O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, está realizando neste mês de setembro a campanha de Higienização das Mãos. O objetivo é reduzir a infecção hospitalar, conscientizando os profissionais de saúde, acompanhantes e visitantes sobre a importância do gesto de lavar as mãos ou higienizá-las com álcool. A campanha é uma iniciativa da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a maioria das infecções pode ser prevenida por meio de uma única medida – lavar as mãos sempre e de forma correta. Para o infectologista Wiucélia Queiroz, “a higienização das mãos é reconhecida, mundialmente, como uma medida primária, mas muito relevante no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Por este motivo, tem sido considerada como um dos pilares da prevenção e controle de infecções e segurança do paciente. Além disto, nossa campanha também visa fortalecer medidas de intervenções técnicas assépticas e desinfecção de superfícies”, completou.
Segundo a coordenadora do Núcleo da Qualidade, Suênia Ferreira, diversas ações serão realizadas durante o mês de setembro, como: palestras sobre as bactérias multirresistentes e medidas de prevenção de pneumonia. Também serão feitas visitas nos setores administrativos e enfermarias, alertando os funcionários e acompanhantes sobre a necessidade de lavagem das mãos.
A campanha ainda vai trabalhar com a Caixa Mágica – uma caixa que mostra se as pessoas estão fazendo a higienização das mãos corretamente. Após fazer a higienização com o álcool em gel, os profissionais devem inserir suas mãos na caixa, que contém um luminol, o qual mostra se há áreas das mãos que não foram bem higienizadas e, por isso, possuem colônias de bactérias. “Assim o profissional pode visualizar a eficácia da técnica de higienização, seguindo uns dos propósitos da Rede de Segurança do Paciente que é estimular ações para a Segurança do Paciente”, completa Suênia.
A enfermeira Rebeca Oliveira destacou a importância da iniciativa. “A adesão dos profissionais à higienização das mãos traz um relevante ganho no ambiente hospitalar, visto que as mãos são uma das grandes responsáveis pela disseminação de patógenos, provocando infecção hospitalar. A higienização das mãos com água e sabão ou álcool são medidas simples que reduzem em muito as infecções”, disse a enfermeira.
O diretor técnico da unidade de saúde, Edvan Benevides, afirma que, na atualidade, a higienização das mãos tem ganhado prioridade em programas que enfocam a segurança na assistência ao paciente. “A higienização é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde”, afirma.
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantêm contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas com água e sabão, preparação alcoólica ou anti-séptico.
Orientações do Ministério da Saúde para lavar as mãos de forma correta:
Molhe as mãos com água e aplique o sabonete;
Ensaboe as mãos, esfregando uma na outra;
Esfregue a palma de uma das mãos nas costas da outra, entrelaçando os dedos, e vice-versa;
Entrelace as mãos e esfregue bem os espaços entre os dedos;
Enxague bem as mãos com água;
Seque as mãos com papel toalha e o utilize para fechar a torneira.
A OMS recomenda que o procedimento dure entre 40 e 60 segundos. A torneira deve ficar fechada enquanto as mãos estão sendo ensaboadas.