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Corpo de Dança do Amazonas apresenta espetáculos e ministra oficinas no Espaço Cultural

quinta-feira, 30 de julho de 2015 - 10:13 - Fotos:  Divulgação

VAZANTES 1 foto Ruth Jucá 270x202 - Corpo de Dança do Amazonas apresenta espetáculos e ministra oficinas no Espaço CulturalEm agosto, a programação do Espaço Cultural José Lins do Rego está repleta de atividades em diversos segmentos. Na dança, o destaque é para as apresentações do Corpo de Dança do Amazonas. O grupo cumpre agenda de apresentações em João Pessoa, no Espaço Cultural, de 9 a 12 de agosto. Durante esses dias, dois espetáculos serão apresentados e ainda duas oficinas e uma palestra serão oferecidas ao público.  A apresentação do grupo amazonense de dança contemporânea na Capital é uma realização da Fundação Espaço Cultural da Paraíba, com apoio do Hotel Ambassador e do Centro Estadual de Arte (Cearte).

Espetáculos – Serão três apresentações de dois diferentes espetáculos criados pelo grupo. Na segunda (10) e terça-feira (11), às 20h, no Teatro Paulo Pontes, será encenado o espetáculo “Sagração da Pimavera”, releitura dos coreógrafos Adriana Goes e André Duarte da obra russa de Vaslav Nijinsky, que aborda a visão fugaz de um ritual pagão eslavo no qual uma jovem dança até a morte, como oferta ao Deus da Primavera. Na quarta-feira (12), também às 20h, no Paulo Pontes, a companhia apresenta “Vazantes”, espetáculo do coreógrafo Mário Nascimento inspirado na oscilação dos rios do Amazonas. Para ambos os espetáculos, os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$10,00 (estudante).

VAZANTES 2 foto Ruth Jucá 270x202 - Corpo de Dança do Amazonas apresenta espetáculos e ministra oficinas no Espaço CulturalOficinas – Durante sua estada por João Pessoa, a companhia ainda ministra duas oficinas direcionadas a bailarinos de nível intermediário e avançado. São as oficinas “Ballet Clássico para bailarinos de dança contemporânea”, ministrada pela bailarina e coreógrafa Adriana Goes, e “O corpo no processo técnico e artístico em Dança Contemporânea”, com o coreógrafo e bailarino André Duarte. A oficina de dança clássica ocorre no domingo (9), das 9h às 11h, na Escola de Dança do Espaço Cultural José Lins do Rego. Seu objetivo é possibilitar aos participantes uma vivência em dança com a aula de ballet clássico que é desenvolvida como preparação técnica para o elenco do Corpo de Dança do Amazonas.

A de dança contemporânea também acontece no domingo (9), das 9h às 11h, no Auditório 6 do Mezanino 2, com o intuito de apresentar a relação corpo e sua arte de movimento como possibilidade de desenvolvimento técnico e artístico em dança contemporânea. Para participar das oficinas, os bailarinos devem se inscrever na Diretoria de Desenvolvimento Artístico e Cultural da Funesc, das 9h às 12h e das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira. A inscrição custa R$ 5,00.

Palestra – Também no dia 9 de agosto, o diretor do Corpo de Dança do Amazonas, Getulio Lima, ministra palestra sobre o trabalho desenvolvido pelo Corpo de Dança do Amazonas e toda a política cultural aplicada pela Secretaria de Cultura do Estado do Amazonas durante os últimos anos. A palestra é voltada a profissionais e estudantes de dança, gestores culturais e demais interessados. A palestra ocorre no Auditório 1, a partir das 15h, com entrada gratuita.

Corpo de Dança do Amazonas – O Corpo de Dança do Amazonas (CDA) foi criado em 1998 pelo Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura, para compor os Corpos Artísticos do Teatro Amazonas. A companhia mantém uma programação artística com repertório diverso, onde objetiva apresentar a diversidade cultural local por meio da pluralidade da dança contemporânea. Para isso, tem realizado criações com a colaboração de artistas convidados do Brasil e do exterior.

O CDA é referência em dança contemporânea no Estado. Atualmente, o grupo está entre as grandes companhias de dança do Brasil, pela qualidade técnica e artística que sempre apresenta em seus trabalhos. Em seu repertório, o grupo contém mais de 50 obras de diversos coreógrafos brasileiros e estrangeiros. Através de suas ações, visa a difusão da dança contemporânea, o aprimoramento técnico e artístico, a pesquisa, o desenvolvimento de projetos artístico-culturais e a formação de um público crítico. Desde sua criação, as direções artísticas que passaram pelo CDA procuraram realizar intercâmbios com artistas, professores e coreógrafos convidados.

Sagração da Primavera foto Bárbara Umbra 270x202 - Corpo de Dança do Amazonas apresenta espetáculos e ministra oficinas no Espaço CulturalSagração da Primavera – É uma obra que retrata a visão fugaz de um ritual pagão eslavo no qual uma jovem dança até a morte, como oferta ao Deus da Primavera. Com música de Igor Stravinsky, Sagração foi concebida originalmente por Vaslav Nijinsky para a companhia Ballets Russes, do empresário Sergei Diaghilev e tanto música como coreografia revolucionaram a arte desde então.

Os coreógrafos Adriana Goes e André Duarte retiram a obra do seu contexto inicial e fizeram uma releitura imersa na cultura indígena: a sagração se passa no Ritual da Moça Nova, cultura característica da tribo Tikuna, onde uma jovem índia, ao menstruar pela primeira vez, é retirada do convívio social e no período de reclusão, a menina moça Worecü dedica-se a trabalhos manuais intimamente ligados às mulheres.

Worecü passa por rituais onde lhe arrancam os cabelos e amarram seus membros, a fim de simbolizar a morte do corpo infantil e o nascimento do corpo adulto. Os índios são responsáveis pela confecção do local de reclusão e de alguns adereços usados pela moça nova.

Munidos desses elementos, os coreógrafos ambientam A Sagração da Primavera sob o ponto de vista de Worecü. Ao mesmo tempo em que receia a solidão e a violência contra seu corpo, ela anseia por esse momento importante: a passagem para a vida adulta.

Vazantes – A inspiração para o espetáculo “Vazantes” surgiu a partir da oscilação dos rios do Amazonas observada por Mario Nascimento. Uma metáfora com o movimento da cidade e seus contrastes, o seu calor úmido e humano. O movimento fervilhante de seus singulares lugares e sua rica miscigenação. A cultura local, a importância da cidade e a floresta que a envolve para o mundo.