A produção industrial de queijo caprino no Cariri paraibano está dando passos importantes no sentido de se consolidar como alternativa de renda, podendo conquistar novos mercados. Nesta semana, foi realizada a validação do queijo de coalho Maturado e Defumado produzido pela Cooperativa dos Produtores Rurais de Monteiro (Capribom), em Monteiro.
Durante três dias, aconteceu a validação do queijo feita pela Embrapa Caprinos e Ovinos e Embrapa Agroindústria Tropical, a partir de um trabalho de parceria da Emater e Emepa, empresas da Gestão Unificada (GU), com a o Sebrae, Empreender Paraíba, Cooperar, Serviço de Inspeção Estadual e a Capribom. Pelas técnicas, passados sete dias em processo de maturação, os produtos são defumados, embalados e estão prontos para o consumo.
A Embrapa vem desenvolvendo tecnologias de queijos caprinos, entre elas, o queijo coalho maturado e defumado, queijo coalho com óleo de pequi e queijo cremoso probiótico. Atualmente, estão em processo de validação três tecnologias, visando a produção em escala industrial do queijo produzido em laboratório. Serão realizadas adequações necessárias para disponibilizar as tecnologias aos produtores de caprinos e aumentar o seu consumo, segundo informou a pesquisadora Selene Daiha Benevides, da Embrapa.
De acordo com o assessor técnico da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca (Sedap), Everaldo Cadena, a realização está sendo possível devido às atividades de parceria entre a Embrapa, Emater, Capribom e demais parceiros. Ele lembrou da necessidade da extensão rural que executa a Chama do Leite no Cariri continuar com a execução das Boas Práticas Agropecuárias, usando o kit ordenha para caprinos leiteiros desenvolvido pela Embrapa e validado no Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte e a aplicação de Boas Práticas de Fabricação.
“O conjunto dessas ações integradas possibilitará a fabricação de um produto de qualidade aos consumidores e sociedade de um modo geral, atendendo as exigências do mercado aberto, aumentando a oferta de leite de derivados com qualidade e atendendo as políticas públicas do Estado”, disse. Também participa deste projeto, o pesquisador Antônio Silvio do Egito.