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Agricultor de Sumé usa pneus e garrafas para construção de cerca

quarta-feira, 14 de outubro de 2015 - 11:28 - Fotos: 

DSC 0837 cerca garrafa2 270x202 - Agricultor de Sumé usa pneus e garrafas para construção de cercaNuma região que sofre com a degradação ambiental e que neste ano inverno ficou abaixo da média, no município de Sumé, no Cariri Paraibano, o agricultor Helenildo Torres de Araújo é um bom exemplo de consciência ecológica. Dono de uma área de dois hectares de terra no Sitio Mata-Pasto, ele utilizou garrafas plásticas e pneus velhos na construção de cercas, com custos reduzidos, que servem para conscientizar a população jovem quando a importância da preservação ambiental.

No período do inverno, com a orientação da Emater, empresa integrante da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater em Sumé, o agricultor costuma plantar milho destinado à fabricação de pipoca, que ele mesmo prepara e vende na cidade. Como ainda não consolidou o projeto de produção de hortaliças e de pequenas criações, devido à escassez de água, está trabalhando na cidade como pipoqueiro. Também pretende, em breve, perfurar um poço artesiano para garantir água destinada à irrigação de suas culturas.

Nas cercas implantadas no seu terreno estão sendo utilizados 1.500 pneus velhos recolhidos em Sumé e cidades vizinhas, num trabalho que começou no ano de 2006. Na época, os pneus eram levados ao lixão e queimados. No ano de 2007, orientado pelos técnicos da Emater, começou também a se interessar pelo uso de garrafas e já está com quase toda a área cercada com esse material reciclado. São mais de duas mil garrafas retiradas das ruas e lixões que iriam degradar o meio ambiente.

“Com a utilização de garrafas e pneus nesse trabalho, além de possibilitar a construção de cercas com menor custo, estamos ajudando a melhorar o meio ambiente em nossa região”, afirmou Helenildo Torres.

Ele garante que as cercas têm eficiência e nenhum animal consegue transpor. “As cobras, por exemplo, não se aproximam porque os pneus e as garrafas no verão se mantêm quentes, por isso ficam distantes e não colocam em risco quem estiver dentro do círculo”, comentou.

Seu trabalho se tornou conhecido na região, a ponto de escolas levarem alunos para aulas práticas sobre a consciência ecológica. A Emater, às vezes, usa seu experimento para demonstrações aos agricultores. Na região onde mora, também começou a fazer a sinalização das estradas e caminhos usando pneus, que tem maior durabilidade do que as placas de madeira. O extensionista da GU Emater de Sumé, Geneilson Evangelista, faz o acompanhamento do trabalho dele e ressaltou que serve de modelo para outros agricultores familiares na região.