Dentro das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti no município de Bayeux, em 12 dias de trabalho já foram visitados 58,22% dos imóveis, ou seja, do total de 39 mil e 500, as equipes já passaram por 23 mil domicílios. As ações estão sendo promovidas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), desde o último dia 5 de janeiro, em parceria com o Exército Brasileiro, o Corpo de Bombeiros e as prefeituras. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é que todos os imóveis do Estado sejam visitados até o dia 31 de janeiro, com o objetivo de detectar e exterminar criadouros e focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zyka vírus.
Até agora, em Bayeux, já foram visitados os bairros São Vicente, Imaculada e São Lourenço. Nesta sexta-feira (22), está ocorrendo no bairro Tambaí, com a participação de 20 soldados do 16º Regimento de Cavalaria Mecanizado. A primeira casa visitada foi a de um caminhoneiro que passa o dia fora e deixa a chave do imóvel com uma vizinha. A casa estava repleta de possíveis criadouros do mosquito, já que no jardim havia sucata e no quintal muitos pneus, vaso sanitário, caixa de descarga e outros recipientes que acumulam água. Os soldados do Exército jogaram as águas fora e colocaram os recipientes de uma forma que evita o acúmulo de água.
Na casa vizinha eles não tiveram como entrar porque a dona passa o dia fora e, segundo outros moradores, quando está em casa ela não permite a entrada dos Agentes Comunitários. Segundo o supervisor geral da ação em Bayeux, Eduardo Mendonça, imóveis fechados é um grande problema. “Até agora, registramos 4.186 imóveis fechados. E em casos como este em que os moradores denunciam que no imóvel fechado há focos do mosquito, a Prefeitura aciona o Ministério Público e a Justiça para que o trabalho seja realizado e, dessa forma, não prejudique a comunidade”, explicou.
Já o aposentado Erones da Silva fez questão de abrir as portas de sua casa, embora já tivesse de saída. “Este trabalho é muito importante e fico feliz em receber a visita de quem está com o objetivo de combater um mal que prejudica a todos nós. Eu mesmo já tive dengue e foi horrível. O que estiver ao meu alcance para evitar o mosquito, eu vou fazer”, declarou.
Michele Silva é secretária de uma creche municipal que também recebeu a visita dos soldados. Segundo ela, das cinco pessoas que moram em sua casa, quatro tiveram zyka no ano passado. “Todos tivemos febre, dores e manchas no corpo, dor nos olhos, falta de apetite e muita fraqueza. Nós sempre tomamos cuidado para evitar o mosquito e, mesmo assim, adoecemos. Agora eu não fico mais de braços cruzados. Faço a minha parte e converso com os vizinhos, colegas de trabalho para que façam o mesmo, pois as pessoas têm que entender que esta é uma luta de todo mundo”, disse.
Com a presença de soldados do Exército, a ação está ocorrendo, simultaneamente, além de Bayeux, em João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Campina Grande. E com o Corpo de Bombeiros, nos municípios do Conde, Alhandra e Malta. Nos demais municípios, as ações vêm ocorrendo com os Agentes Comunitários de Endemias (ACE), realizando as visitas domiciliares.