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Feira de Economia Solidária é marcada por certificação de gestores públicos no Largo da Gameleira, em Tambaú

domingo, 13 de dezembro de 2015 - 17:55 - Fotos:  Claudia Belmont

Divulgar e promover o comércio justo e solidário dos produtos e serviços do circuito da economia solidária. Este é o objetivo da Feira de Economia Solidária que foi aberta na última sexta-feira (11) e, segue até este domingo (13), das 15h às 20h, no Largo da Gameleira, em frente ao Centro Turístico, na sede da PBtur, em João Pessoa.

Realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano e da Secretaria Executiva de Estado de Segurança Alimentar e Economia Solidária, a feira reúne 40 grupos de várias cidades da Paraíba que expõem seus produtos dos mais diversos segmentos, tais como: artesanato, agricultura familiar e produtos de catadores de materiais reciclados.

De acordo com a secretária de Segurança Alimentar e Economia Solidária, Ana Paula Almeida, a Ecosol compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias e redes de cooperação. “O evento acontece em um momento muito importante para dar visibilidade e fortalecer os grupos de trabalho que trabalham com esse modelo de economia alternativa”, acrescentou.

A secretária disse ainda que o modelo é inovador e sustentável frente ao capitalismo vigente. “Não existe patrão, nem exploração no processo de trabalho, por isso estamos fortalecendo as cooperativas com assessoramento técnico permanente e cursos de capacitação e formação. Nosso foco é fortalecer a comercialização, pois antes essas pessoas não tinham espaço de mercado. Agora estamos com um projeto de entrega de cinco lojas físicas em Sapé, Pombal, Sumé, João Pessoa e estamos estudando a cidade que irá receber no Brejo para podermos alavancar a comercialização dos 700 grupos de Economia Solidária que temos na Paraíba”, finalizou.

Para Lúcia Helena, da cidade de Petrolina, em Pernambuco, a feira é uma vitrine de inspiração para outras capitais brasileiras. “Estou adorando o evento, encantada com a organização e conteúdo. Espero bastante que os outros Estados aprendam com a Paraíba e mostre o que tem de melhor de sua cultura e de seus produtos”, disse.

Abertura – Durante a abertura na tarde da última sexta-feira (11), foram entregues 80 certificações a gestores públicos estaduais e municipais pelo Curso de Formação em Economia Solidária, que foi promovido pela Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes), com apoio da Incubadora de Empreendimentos Econômicos e Solidários (Incubes/UFPB). Na oportunidade, ainda teve a apresentação dos alunos do Projeto de Inclusão Social através da Música e das Artes (Prima). Também participaram da abertura, Fábio Maia, representando o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e vários secretários e representantes do Estado.

Francisco Lopes, funcionário público estadual, está entre os formandos do Curso de Economia Solidária. “Fiquei muito honrado com a escolha do meu nome para o curso porque este assunto não é novo, mas precisava ser mais fomentado mesmo para todos terem o conhecimento da importância desse modelo de gestão”, afirmou.

Programação – As ações seguem durante o mês de dezembro em alusão ao Dia Nacional da Economia Solidária, comemorado na próxima terça-feira (15). As próximas atividades serão realizadas nas cidades de Riachão do Poço, Sapé, Zabelê, São Miguel de Taipú, Campina Grande, João Pessoa, Pombal, Cajazeiras, São João do Tigre, Condado, São Domingos e Marcação.

Economia Solidária – É o processo diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver eliminando vícios que comprometem o bom exercício da cidadania, tais como: exploração da força do trabalho, obter vantagens indevidas e a destruição do meio ambiente ou agressão às mais diversas formas de ecossistemas. Ela se constitui como um modelo do desenvolvimento alternativo, visto como uma das estratégias de enfrentamento às diversas situações de exclusão social e produtiva dos trabalhadores que se encontram em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar.