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Hemocentro-CG recebe confirmação sobre compatibilidade entre irmãs para transplante de medula óssea

quinta-feira, 1 de outubro de 2015 - 10:08 - Fotos: 

O Hemocentro Regional de Campina Grande recebeu, na terça-feira (29), a confirmação do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) sobre a compatibilidade genética entre duas irmãs, de 11 e 5 anos de idade, que residem no Sítio Boa Vista, zona rural de Campina Grande, que agora farão novos exames para que então seja realizado o transplante de medula óssea. Há aproximadamente um mês, a irmã mais nova foi diagnosticada com aplasia medular e foi orientada pelo médico que a atendeu que procurasse o Hemocentro para que pudesse realizar o cadastramento em busca de doadores compatíveis.

Ao comparecer ao setor de Medula Óssea, a mãe, um tio e dois irmãos da menina também coletaram sangue para verificar a compatibilidade, uma vez que com parentes de primeiro grau a chance é de 20%, como informou a coordenadora do setor, Marilana Abrantes. A irmã dela mais velha foi identificada como compatível e fará a doação de medula, que deve ser realizado no Hospital Português do Recife (PE).

A menina estava internada no Hospital Universitário de Campina Grande, mas já recebeu alta. Este é o quarto caso de compatibilidade entre doadores dentro do país registrado pelo Hemocentro neste ano. Em relação a doadores com receptores de outros países, foram seis casos de janeiro até agora.

Para se cadastrar como doador de medula óssea, é necessário preencher a ficha no Hemocentro Regional de Campina Grande e colher 5 ml de sangue para a realização da tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos primeiramente no cadastro estadual e, em seguida, implantados em registro nacional do Ministério da Saúde, o Redome.

Quando não há um doador parente para o paciente que necessita do transplante de medula óssea, é feita uma busca no Redome, que é alimentado pelos Hemocentros do Brasil, que cruza as informações genéticas dos doadores voluntários cadastrados com as dos pacientes que precisam do transplante.

Quando verificada a compatibilidade, o possível doador é contatado pelo Redome, que consulta sua decisão de permanecer como doador e atualiza seus dados cadastrais. Então, o doador é convocado ao Hemocentro para coletar a segunda amostra de sangue e assim realizar novos testes para assegurar a compatibilidade. Essa segunda amostra é encaminhada para análise na cidade ou país onde o paciente que necessita do transplante aguarda a confirmação dos testes.

Por último, depois de assegurada em 100% a compatibilidade genética, o doador será encaminhado para avaliação médica para um dos 31 centros para transplantes de medula óssea no Brasil e/ou para um dos 26 centros para transplantes com doadores não aparentados também no Brasil. São retiradas as células para a doação (medula) e transportadas até o centro onde será realizado o transplante. Em casos de doações internacionais, o material retirado do doador é transportado para o país onde será realizado o transplante do receptor.