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Congressos internacionais de HIV/Aids e Hepatites começam com oficinas

terça-feira, 17 de novembro de 2015 - 16:50 - Fotos:  Ricardo Puppe

ses congresso internacional de hiv aids e epatite foto ricardo puppe5 1 270x189 - Congressos internacionais de HIV/Aids e Hepatites começam com oficinasA programação do X Congresso de HIV/Aids e do III Congresso de Hepatites Virais teve início nesta terça-feira (17) com a realização de oito oficinas, das 8h às 13h, no Centro de Convenções de João Pessoa. Os Congressos estão sendo organizados pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde.

Entre os temas das oficinas  realizadas antes da abertura oficial dos congressos destacam-se: “Diagnóstico de HIV e Hepatites Virais”; “Hepatites Virais e população trans”; “HIV/AIDS e deficiências: caminhos da inclusão”, com a participação de especialistas de outros países e também de todo Brasil.

A técnica de enfermagem Nará Xucuru é da aldeia Palmeira dos Índios, em Alagoas. Nesta terça, ela e as amigas indígenas, a enfermeira Zuleica Terena, do Mato Grosso do Sul; Vanessa Truká, de Pernambuco, que faz parte do curso “Jovens Lideranças”, do Ministério da Saúde, e Eliana Karajá, de Goiás, participaram de algumas oficinas. Nará será uma das palestrantes do congresso no próximo dia 19, quando falará sobre o tema “Experiência no cuidado com hepatites virais em populações indígenas”.

“Eu espero que as discussões não fiquem somente no papel; que dessa vez seja diferente de outros eventos onde discutimos, debatemos, compartilhamos e não passa disso. A nossa sugestão é que os governos cheguem junto das comunidades indígenas  para construir, a partir da nossa realidade e anseio, as formas de prevenção e cuidados com essas doenças”, sugeriu.

Já o gerente do Ambulatório para Travestis e Transexuais do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, Sérgio Araújo, lembra de um assunto relevante que também é ponto de discussão. “Hoje não há uma estatística da quantidade de travestis e trans com Aids no Brasil. Dessa forma, ainda estão inseridos nas estatísticas dos homens que fazem sexo com homens e isso está errado. Tem que haver uma política específica e espero que daqui saia algo bem concreto neste sentido”,  observou.

Durante os dias 18, 19 e 20, Sérgio ficará responsável pela “Casa das Sensações”, do Clementino, que, de forma lúdica, levará ao público, por meio das personagens drag queens, Marcela Miranda e Ritinha da Rabada, formas de prevenção, a exemplo da sensibilização para o prazer durante o uso da camisinha.

Outro serviço da SES é a unidade médica, onde estão à disposição do público três macas e uma cadeira de reidratação; um médico; um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem, todos do Clementino Fraga.

Programação - Nesta quarta-feira (18), os trabalhos serão reiniciados às 8h, com apresentação de diversas experiências e práticas bem-sucedidas no Brasil; dos programas de HIV/Aids em países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Moçambique), com o apoio dos Estados Unidos à Cooperação Sul-Sul; eliminação da transmissão vertical do HIV; prevenção combinada no contexto brasileiro e internacional; mídias digitais e a resposta ao HIV/Aids; apresentação de trabalhos orais; bate-papo: Aids, doença e morte no passado e a visão da juventude nos dias atuais; lançamento do livro “Histórias da Aids no Brasil de 1983 a 2003”.

Na quinta-feira (19), a partir das 8 h, serão apresentadas experiências no cuidado com hepatites virais em populações remanescentes de quilombos; em indígenas; em população privada de liberdade; tratamento da hepatite B; saúde sexual e reprodutiva em pessoas vivendo com HIV/Aids; olhares da juventude: protagonismo juvenil; protagonismo trans, processo transexualizador e atenção em HIV/Aids; visitação de posters; novos desafios em hepatite C; testes rápidos: da capacitação à realização e lançamento do livro “A Síndrome: Histórias de luta contra a Aids em 30 anos” e um bate-papo sobre o viver com HIV/Aids, ontem, hoje e o amanhã.

Na sexta (20), às 8h, continuam as apresentações das experiências e práticas bem-sucedidas no Brasil, a exemplo, de testagem do HIV para homens que fazem sexo com homens; políticas públicas intersetoriais e contribuições para boas práticas na prevenção; população trans e o acesso ao cuidado; eliminação da hepatite C como problema de saúde pública; transplante hepático; “Educação, prevenção e redes sociais combinam?”; saúde da mulher lésbica e bissexual no Brasil: Avanços e desafios e a importância da mídia na prevenção das hepatites virais. O encerramento dos eventos será às 16h.

Todos os detalhes do evento estão no portal aidshvbrasil2015.aids.gov.br