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Emepa pesquisa sobre cultivo de uva na Região de Campina Grande

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016 - 10:09 - Fotos: 

uvas4 emape 11 01 2016 270x202 - Emepa pesquisa sobre cultivo de uva na Região de Campina GrandeA Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa-PB), realiza pesquisa sobre a produção de uvas orgânicas da variedade Isabel na região de Campina Grande, com resultados satisfatórios.  A variedade tem aceitação no mercado e é negociada com preço compensador, criando oportunidade de renda para o agricultor familiar.

As pesquisas são realizadas na Estação Experimental da Emepa-GU em Lagoa Seca, sendo que a instalação do experimento foi realizada em 20 de março de 2014, com a finalidade de observar o comportamento da variedade Isabel conduzida com uma e duas hastes sobre o porta-enxerto tropical IAC-153, resistente/tolerante às principais doenças e ao déficit hídrico.

uva emepa3 11 01 2016 270x202 - Emepa pesquisa sobre cultivo de uva na Região de Campina GrandeOs pesquisadores Ivanildo Cavalcanti de Albuquerque e Gerson Rodrigues da Cruz, ambos da Emepa-GU, destacaram que o comportamento da variedade Isabel em termo de produtividade na região superou as expectativas apresentando cachos e bagas grandes com três a quatro cachos por ramos de produção.

A escolha da variedade ocorreu em face da sua adaptação no município de Natuba, que possui algumas semelhanças com a região de Campina Grande, bem como, pela boa aceitação de mercado, além de dispensar algumas práticas culturais em relação à outras variedades.

Uva Emepa 11 01 2016 1 270x202 - Emepa pesquisa sobre cultivo de uva na Região de Campina GrandeOs pesquisadores informaram que esse tipo de uva pode ser cultivado tanto no sistema de espaldeira quando em latada. Entretanto, para as regiões tropicais (com elevada insolação), o sistema recomendado é o de latada, para evitar queima das bagas.

O sistema de espaldeira deve ser utilizado em regiões de clima temperado de elevada nebulosidade ou baixa incidência de raios solares, por não ocorrer problemas de queima das bagas. Mesmo com os resultados parciais já alcançados, as informações técnicas definitivas vão demorar pelo menos três anos para chegar aos agricultores, porque após a instalação da unidade demonstrativa de pesquisa, os dados deverão ser coletados, tabulados, analisados e discutidos para posteriormente serem validados.

“A exemplo do que acontece no Vale do São Francisco, onde a produção de uvas se constituiu na principal atividade agrícola, na Paraíba o município de Natuba é o que mais se destaca, onde os produtores estão satisfeitos com a cultura devido a produtividade satisfatória e ao preço de mercado compensador”, comentou o pesquisador.

Na região de Campina Grande, como também em municípios da região do Brejo, quase não existem produtores de uva, devido à falta de informações técnicas sobre essa cultura. Consciente da necessidade, a Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater, empresa vinculada à Sedap, iniciou os estudos sobre a cultura em seus aspectos técnicos para repassar todas as informações necessárias aos agricultores e técnicos do Estado da Paraíba.

O produtor que mesmo trabalhando com dificuldades em uma pequena área de uva, jamais deixa de trabalhar essa cultura, sempre demonstra interesse em ampliar essa atividade por ser viável,  atraente e gratificante. “Por isso é mais uma opção de renda, especialmente para aqueles caracterizados como agricultores familiares”, afirmou Ivanildo Cavalcanti de Albuquerque.