O tradicional Salão de Artesanato da Paraíba chega a sua 23ª edição mais forte do que nunca. Consolidado, tornou-se um evento cultural e turístico já esperado pelos paraibanos. O tema deste ano homenageia o algodão colorido naturalmente produzido no estado e terá cerca de 60 novos artesãos participantes, mais de dois mil envolvidos e poderá movimentar mais de meio milhão de reais na economia da Paraíba.
Presencialmente, haverá cerca de 400 artesãos divididos em uma área total de 1.350m em estandes, com o envolvimento de mais de dois mil trabalhadores, considerando associações, cooperativas e individuais. Há mais de 70 municípios paraibanos envolvidos e a organização destaca a sinalização dos estandes por mesorregião: Agreste, Sertão, Zona da Mata e Borborema. O Salão acontece de 15 a 31 de janeiro no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, numa realização do Governo do Estado, por meio do Programa de Artesanato Paraibano (PAP), em parceria com o Sebrae-PB, entre outras instituições. A visitação poderá ser feita das 14h às 21h.
Segundo Lu Maia, gestora do PAP, a perspectiva para este Salão é de no mínimo 50 mil pessoas, considerando o período de 17 dias. Na edição do ano passado em João Pessoa, a arrecadação foi de R$ 1.201.000,00 em vendas. Apesar desta edição ser menor, as expectativas são otimistas: “O local é bem localizado, amplo, reformado, bonito, bem acessível. Contaremos com uma decoração belíssima, toda elaborada com produtos do algodão colorido, desde a entrada até à praça de alimentação”, comentou a gestora.
Estrutura – A edição 2016 terá ilha de descanso ampliada para atender as reivindicações dos visitantes, principalmente das pessoas idosas; disponibilização de setores importantes como: ouvidoria, curadoria, sala de emergência, sala de imprensa, fraldário, refeitório para artesãos e equipe de trabalho, palco para as apresentações culturais; ampliação dos depósitos das mercadorias dos artesãos (nove, ao todo); dois balcões de entrega de embalagens; ampliação de número de mesas na praça da alimentação (50); climatização, e ampliação do número de lanchonetes (seis).
Os artesãos serão alojados no Ginásio Ronaldão e contarão com uma boa estrutura, com café da manhã e almoço oferecidos diariamente; traslado de ida e volta para o Salão e aulas de ioga no alojamento. Uma van e um micro-ônibus também serão oferecidos gratuitamente para os turistas que estarão na orla do início do Bessa até Cabo Branco, com itinerário e horário a serem disponibilizados no Espaço Cultural; sede da Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) e diversos hotéis e pousadas da capital.
Lu Maia afirmou que para montagem do Salão o Governo do Estado conta com o apoio de empresas e instituições como Sebrae, Governo Federal, Águas Indaiá, Café Santa Clara, Natural Cotton Color, Funesc, PBtur, Arretado Produções, IFPB, Redes Santa Luzia, e Embrapa. “Além de todo o Governo do Estado, numa verdadeira intersetorialidade”, comentou a gestora do PAP.
Num convênio entre Governo do Estado e Sebrae, será oferecida uma programação visando a capacitação dos artesãos: mesa redonda com o comitê gestor do algodão colorido; palestras de empreendedor individual, associações e cooperativas, e combate à violência contra a mulher; apresentações de produto e marketing pessoal, casos de sucesso, e da mais nova criação do Programa de Artesanato Paraibano, o Projeto Moda PAP e Design.
Ações do Programa de Artesanato Paraibano – Fazendo um balanço do PAP, as ações desenvolvidas e os resultados alcançados, Lu Maia, lembrou que, em 2015, no 22º Salão de Artesanato da Paraíba, no São João de Campina Grande, somaram-se 368 artesãos envolvidos diretamente; 3.541 trabalhadores incluindo produtos de associações, cooperativas e grupos e individuais; 79 cidades envolvidas; público visitante de 105.800, numa média de 4.600 por dia.
Em Brasília, no 8º Salão de Artesanato Internacional, a Paraíba foi homenageada, vendendo cerca de R$ 31 mil (superando o ano de 2014, quando obteve R$ 12 mil em vendas), beneficiando 120 artesãos envolvidos. O PAP esteve presente também em São Paulo, na Craft, uma das maiores feiras de design do Brasil, com vendas e encomendas no valor de R$ 75.785,00 e 80 artesãos envolvidos.
O Programa ainda levou à maior semana de moda do país, a São Paulo Fashion Week, dez artesãs da renda renascença do Cariri. “Nosso artesanato foi o escolhido pela estilista internacional Fernanda Yamamoto, que abriu um grande leque de possibilidades para a melhoria da vida de nossas artesãs neste mercado”, comentou Lu Maia, que inclusive marcou presença na passarela, mostrando a beleza da renda renascença paraibana.
O Programa ainda participou da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), no Recife, com R$ 108.250 em vendas e 196 artesãos envolvidos. E esteve presente ainda em feiras de menor porte, como: Brasil Mostra Brasil; X Congresso de HIV/Aids; Congresso de Economia; Feira Agropecuária; Feira de Brinquedos Populares (Brincarte); Semana da Artesão; Feirinha de Artesanato mensal do Espaço Cultural; Rota 101 em Recife (Feira de Turismo); Feirinha no 7º Cine Congo, na Cidade do Congo/PB.
Em todas estas ações, foram mais de quatro mil artesãos envolvidos e beneficiados pelo Governo do Estado por meio do PAP. Fazendo um balanço positivo das ações e investimentos, a gestora do Programa concluiu: “Considerando as ações e números positivos verificados, podemos afirmar que o Programa de Artesanato da Paraíba evoluiu consideravelmente nestes últimos 17 meses, não somente no desenvolvimento econômico, mas também no desenvolvimento cultural e social dos nossos tão valiosos artesãos”.