A implantação da agricultura de baixo carbono (ABC) é uma realidade na Paraíba. Isto pelo menos foi o que ficou evidenciado durante o Dia de Campo realizado nessa quarta-feira (2), na Estação Experimental da Emepa, em Lagoa Seca, por meio de parceria da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca com a Embrapa Algodão.
Na ocasião, técnicos da Embrapa e da Sedap apresentaram para estudantes, produtores rurais, associações, entidades representativas do setor agropecuário, órgãos e instituições como funciona na prática o Plano ABC, quais são as tecnologias disponibilizadas e como elas podem ser aplicadas nas propriedades de forma a contribuir para a melhoria da qualidade da vida e da elevação da renda do produtor rural.
Foram mostrados com detalhes os benefícios do Sistema Plantio Direto (SPD), que é um dos programas dentro do Plano ABC e que consiste em um abrangente processo tecnológico destinado à exploração de sistemas agrícolas produtivos. O SPD compreende a mobilização do solo na linha ou cova de semeadura, manutenção permanente da cobertura do solo, diversificação de espécies dentro do intervalo de tempo entre colheita e semeadura.
O técnico da Embrapa João Henrique Zonta explica que o Sistema de Plantio Direto deve estar associado à agricultura conservacionista, ou seja, “um complexo de tecnologias integradas de forma a contribuir para conservação do solo e da água, aumento da eficiência da adubação, incremento do conteúdo de matéria orgânica do solo, aumento na relação benefício/custo, redução do consumo de energia fóssil e do uso de agrotóxicos, reduzir a emissão dos gases de efeito estufa e contribuição para que o solo volte ao estado normal”.
O coordenador do Plano ABC na Paraíba, secretário Rômulo Montenegro, e o coordenador adjunto Demilson Lemos afirmam que o Estado trabalha junto com os Grupos Gestores Estaduais (GGE) para realizar seminários oficinas e capacitações com o objetivo de implantar unidades demonstrativas em todas as regiões. “As metas no Plano ABC estadual é recuperar uma área de 42 mil hectares utilizando manejo adequado e adubação; aumento do Sistema Lavoura-Pecuária-Floresta em mil hectares e de sistemas agroflorestais em 5 mil hectares e ampliar a utilização do Sistema Plantio-Direto em 6.500 hectares”, afirmam.
Durante o Dia de Campo todos os participantes puderam conhecer as tecnologias utilizadas na recuperação do solo e ficaram sabendo que por meio da integração lavorua-pecuária é permitido ao produtor obter duas safras por ano. “Todos precisam conhecer essas tecnologias e o Plano ABC vai ajudar muito, é mais uma confirmação que a terra sendo cuidada com carinho e tecnologia conseguimos milagres”, observou Daniel Araújo, estudante do curso Técnico em Agropecuária.