O cultivo do maracujá está sendo incentivado pela Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater (GU), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), nas várzeas de Sousa, no Sertão paraibano, como mais uma alternativa de geração de renda para o agricultor familiar em áreas onde havia plantação de coco. A região tem potencialidade para a produção de frutas e hortaliças, inclusive com a utilização do sistema de irrigação.
O agricultor Expedito Rodrigues é um dos que já vem trabalhando com a cultura do maracujá da variedade amarelo, com assessoramento técnico do extensionista José Marques e dos assessores Iraildo Macedo e Alonso Judas Tadeu e Silva. Essa unidade técnica está servindo de modelo para os agricultores da região, onde alguns já aderiram à nova cultura, em substituição ao cultivo de coco, que sofre declínio na área devido às estiagens prolongadas.
Para a implantação de uma área de um hectare de maracujá foi feito um plano de financiamento no valor de R$ 17.947,92, através do Banco do Nordeste, com recursos do Pronaf, sendo financiada 0,5 hectare e, com recursos próprios, o agricultor plantou mais 0,5 hectare, já estando em fase de produção.
Com a finalidade de divulgar as atividades do cultivo do maracujá amarelo, a coordenação regional da Emater-GU em Sousa promoveu uma visita técnica ao agricultor, contando com a participação de extensionistas de escritório da empresa de outras cidades, de produtores rurais de localidades vizinhas e contou, também, com a participação de representantes do BNB.
Sobre o sistema de plantio utilizado, o coordenador regional da Emater, Francisco de Assis Bernardino, informou que são usadas estacas de caule de coco ou “estipe”, termo usado pelos agricultores. Ele explicou que a ação é utilizada como forma de preservação das árvores. “Devido à grande estiagem que vem acontecendo em nossa região, parte do coqueiral foi destruído com a falta de água”, explicou.
Os técnicos destacaram que utilizando esse material o trabalho será facilitado, além de apresentar uma considerável redução de custos na produção da cultura. De acordo com o coordenador, o agricultor demonstrou satisfação com a sua nova atividade e agradeceu a assistência técnica recebida da Emater – GU.