A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros e Prefeituras, deu continuidade, nesta segunda-feira (1), às visitas aos imóveis do Estado dentro das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, iniciadas no dia 5 de janeiro. O trabalho consiste na entrada de equipes formadas pelos militares e Agentes Comunitários de Endemias (ACE), de casa em casa, à procura de focos e criadouros do mosquito.
O Exército participa com suas equipes nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux. Já os bombeiros estão nos municípios de Conde, Alhandra, Malta e Monteiro. Nos outros municípios, o trabalho vem sendo realizado pelos Agentes de Controle às Endemias (ACE).
Na capital, o trabalho já foi realizado nos bairros Brisamar, Bessa, Jardim Oceania, Aeroclube, João Agripino e Pedro Gondim. Nesta primeira semana de fevereiro, a ação será nos bairros de Tambaú, Cabo Branco e Miramar. Nesta segunda-feira (2), as equipes estiveram no Mercado de Artesanato Paraibano (MAP).
Dona Lourdes Silva é proprietária de uma das 128 lojas existentes no local. Ela elogiou o trabalho dos soldados junto com os ACEs. “Este trabalho é providencial, diante do grande problema que estamos enfrentando em relação ao mosquito que transmite dengue, zika e chikungunia. O Governo tem que trabalhar para deixar a população mais segura, mas nós também somos fundamentais nesse processo, pois temos que fazer nossa parte”, falou.
Próximo à loja de dona Lourdes tem um quiosque onde foram encontrados dois focos do mosquito, em dois buracos na lateral. A dona explicou que aquela água acumulada vem do descongelamento do freezer, o que acontece diariamente. Ela recebeu a orientação para colocar areia, ou mandar tampar os buracos ou, simplesmente, ter o cuidado de varrer para a água não ficar parada. “Ainda esta semana retornarei ao quiosque e, caso ela não tenha feito o que sugerimos, passamos o caso para a Gerência de Vigilância Ambiental para que sejam tomadas as providências pertinentes ao caso”, explicou o agente de controle de endemias, José Fernandes.
Numa das casas em frente ao MAP, a proprietária não quis dar entrevista, mas disse que já pegou as três doenças. Segundo ela, a última foi a zika e, por conta disso, há três meses está com o joelho inchado e boa parte das articulações comprometida. Lá, não foi encontrado nenhum criadouro e ela disse que sempre toma todos os cuidados para não deixar água parada. Denunciou que por trás da casa dela há dois imóveis que vivem fechados e são cheios de focos.
O diretor de Vigilância em Saúde, Sílvio Ribeiro, que acompanhou as equipes, nesta segunda-feira pela manhã, disse que um dos grandes problemas dessas visitas são imóveis fechados. “Nestes casos, os ACEs retornam ao lugar até que a visita aconteça”, garantiu.
A atuação das equipes está acontecendo sempre em dias úteis, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, com intervalo para o almoço das 11h30 às 13h30.