Uma comitiva de representantes do Instituto C&A, uma das maiores redes de varejo de moda do mundo, está visitando a Paraíba até esta quinta-feira (16) com o objetivo de conhecer o Projeto Algodão Paraíba, e seus produtores e entender o processo de produção da fibra.
O Instituto C&A é um investidor social privado que atua com a sustentabilidade na indústria da moda e que possui em um de seus pilares de atuação, a construção de projetos de incentivo à produção de algodão sustentável.
De acordo com o diretor técnico da Emater (GU),Vlaminck Saraiva, serão visitados os campos de algodão de agricultores familiares dos municípios de Gurinhém, Salgado de São Félix, Itabaiana e São José de Espinharas, onde foram plantados 80 hectares de algodão, branco da variedade 8H colorido, das variedades BRS Verde e Rubi. A estimativa de produção é em torno de 80 toneladas, com preço garantido de R$ 2,40 o quilo, mediante contrato de compra e venda.
Conforme programação, a visita começou na manhã desta terça-feira (14), em Campina Grande, na Coopnatural, onde a comitiva conhecerá os artesãos e os produtos por eles confeccionados com o algodão colorido. À tarde, visitam os campos de algodão de Salgado de São Félix, Itabaiana e Gurinhém.
Nesta quarta-feira (16), em Campina Grande, os diretores do Instituto C&A se reuniram com os técnicos da Emater (GU) e da Embrapa Algodão para discutirem parcerias institucionais , no âmbito do Projeto Algodão Paraíba. A visita se encerra na cidade de Juarez Távora, onde conhecerão o algodão colorido do Assentamento margarida Maria Alves.
A mesma programação ocorreu semana passada, com as empresárias francesas Julie e Ninon. Elas também pretendem produzir roupas infantis, utilizando o algodão orgânico paraibano. As comitivas estão sendo acompanhadas pelo diretor técnico da Emater (GU), Vlamink Saraiva, e pelo assessor estadual da cultura do algodão, José Joacy dos Santos.
O projeto – Articulado pelo Governo do Estado, por meio da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater/, o Projeto Algodão Colorido começou em 2015. A finalidade é resgatar a cadeia do algodão de forma sustentável, garantindo benefícios econômicos e ambientais.
Atualmente, são 180 hectares plantados, contemplando 150 agricultores familiares dos municípios de São José de Espinharas, Catingueira, Picuí, Baraúnas, Pedra Lavrada, Campina Grande, Gurinhém, Salgado de São Félix, Capim e Itabaiana. Segundo o presidente da Gestão Unificada, Nivaldo Magalhães, a estimativa de produção para a safra agrícola 2015/2016 é 160 toneladas de pluma de algodão branco orgânico, numa área plantada de 300 hectares.