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Governo debate ações de combate ao Aedes aegypti em webconferência com o Ministério da Saúde

sexta-feira, 1 de julho de 2016 - 17:04 - Fotos: 

combate ao Aedes aegypti 3 270x191 - Governo debate ações de combate ao Aedes aegypti em webconferência com o Ministério da SaúdeO monitoramento do 4º ciclo de visitas a imóveis entrou mais uma vez na pauta de discussão da webconferência realizada na manhã desta sexta-feira (1º) pela equipe da Sala de Situação Nacional do Ministério da Saúde.  O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), participou da webconferência, cujo objetivo foi fazer um balanço das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Na reunião, que aconteceu no auditório do Hemocentro da Paraíba, foram repassadas recomendações e direcionamentos adequados às diretrizes nacionais no que diz respeito ao combate ao mosquito e estudo dos agravos causados por ele.

Participaram da webconferência representantes da SES (Vigilância Ambiental, Núcleo de Controle de Vetores e Atenção à Saúde), Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Defesa Civil Estadual, Sala de Situação Estadual, 1ª Gerência Regional de Saúde, Secretaria de Desenvolvimento Humano, Ministério da Saúde em âmbito estadual e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). Por vídeo, participaram, ainda, representantes dos estados de Sergipe, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Alagoas e Bahia. As webconferências acontecem regularmente e são momentos de avaliação das ações do Governo do Estado contra o Aedes aegypti, além de proporcionar uma aproximação
com representantes de vários estados do Brasil.

Com relação ao monitoramento do 4º ciclo de visitas a imóveis, a SES informou que foi mantida a metodologia aplicada em outros ciclos. “Mantivemos a metodologia dos outros ciclos. Eles são marcos temporais – neste último, o prazo de visitação aos imóveis é de 60 dias. Reforçamos aos gestores a importância da inserção de dados no sistema, pois, até então, no quarto ciclo só temos 51,48% dos imóveis visitados e na prática muito mais receberam a visita”, alertou o gerente operacional de Vigilância Ambiental da SES, Geraldo Moreira. A orientação da Sala de Situação Nacional é que os gestores informem no sistema a data real da realização da visita para que não cause inconsistência nos dados.

Ainda de acordo com Geraldo Moreira, outra dificuldade encontrada nos meses de maio e junho foi a presença de feriados prolongados, festividades e férias coletivas aos funcionários. “Reforçamos aos gestores que não devem fazer esse tipo de prática porque o campo fica descoberto. Quem perde, infelizmente, é a população”, ressaltou. A equipe da Sala de Situação Nacional explicou que depois de seis meses de trabalho intenso e período de festas (como o São João) é natural que haja uma queda. A tendência é que melhore no mês de julho.combate ao Aedes aegypti 1 270x191 - Governo debate ações de combate ao Aedes aegypti em webconferência com o Ministério da Saúde

A secretária de Saúde de Pedras de Fogo, Lindinalva Dantas, na oportunidade representando o Cosems, afirmou que o assunto de férias coletivas já está como ponto de pauta na próxima reunião do Conselho. “Na próxima segunda-feira (4) estaremos em reunião com todos os secretários municipais de saúde e vamos salientar a importância de não ceder férias a muitos funcionários em um mesmo período”, disse.

Outro ponto levantado durante a webconferência foi o reforço da notificação de casos suspeitos dos agravos causados pelo Aedes aegypti. “Nossa intenção é sensibilizar médicos e enfermeiros sobre a importância da notificação de casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya. Desta maneira, poderemos analisar melhor os casos e promover ações ainda mais efetivas”, informou Geraldo Moreira.

Lei – Na segunda-feira (27), foi publicada a Lei N 13.301, que dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da dengue, do víruschikungunya e do vírus da zika ; e altera a Lei N 6.437, de 20 de agosto de 1977. Mais informações em: http://www.conass.org.br/conass-informa-n-130-publicada-a-lei-n-13-301-que-dispoe-sobre-a-adocao-de-medidas-de-vigilancia-em-saude-quando-verificada-situacao-de-iminente-perigo-a-saude-publica-pela-presenca-do-mos/

Exército – Foi firmada mais uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Exército Brasileiro. Desta vez, as equipes, que devem passar por 23 municípios paraibanos, estão engajadas na distribuição de água por meio de carros-pipa, além do repasse à população de informações sobre os cuidados com o armazenamento correto de água.

Ações – Os ciclos de visitas são planejados, ininterruptamente, de forma que a totalidade dos imóveis seja inspecionada de acordo com o seguinte cronograma:

1º ciclo – Concluído em 29 de fevereiro.

2º ciclo – Concluído em 31 de março.

3º ciclo – Concluído em 30 de abril.

4º ciclo – Conclusão até 30 de junho.

Aedes na Mira – A Sala de Situação Estadual, da Secretaria da Saúde registrou, de dezembro até junho de 2016, 1417 denúncias da população sobre possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. As denúncias chegam à Sala pelo Aedes na Mira, aplicativo desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Companhia de Processamento de Dados da Paraíba (Codata), para celulares e outros dispositivos móveis; pela central de atendimento e redes sociais.

Até então, as denúncias estavam centralizadas na Sala de Situação Estadual, que funciona no Espaço Cultural, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, com a presença de representantes da Gerência de Vigilância Ambiental, da SES; Defesa Civil; Polícia Militar; Exército Brasileiro e Corpo de Bombeiros. “A intenção agora é descentralizar as denúncias e passar a própria base do aplicativo para os municípios. O objetivo é fazer com que os próprios técnicos dêem encaminhamento quando a demanda da denúncia for atendida”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

Além do Aedes na Mira, as denúncias podem ser feitas pela Central Telefônica (083 3218-7455 ou 0800 083 1341) e via WhatsApp (083 98822-8080). Para facilitar o processo, as pessoas podem encaminhar fotos para que a equipe da SES analise a demanda e as providências sejam tomadas rapidamente.