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Governo realiza 2ª etapa da Campanha Estadual de Busca de Sintomáticos Respiratórios em unidades prisionais 

segunda-feira, 20 de junho de 2016 - 17:14 - Fotos: 

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e a Universidade Estadual da Paraíba – Campus Campina Grande, está realizando durante os meses de maio e junho a 2ª Etapa da Campanha de Busca de Sintomáticos Respiratórios nas Unidades Prisionais dos municípios de Campina Grande e Cajazeiras.

Durante os meses da campanha são realizadas atividades alusivas à temática Tuberculose, como oficinas com profissionais de saúde, avaliação dos privados de liberdade e coleta de escarro nos casos que apresentam sintomas, além do teste rápido para HIV. “Lembramos que o sintomático respiratório na população em geral é aquela pessoa que tosse há mais de três semanas. Já na população privada de liberdade esse período reduz para 15 dias, por se tratar de população vulnerável”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da SES, Lívia Borralho.

Em 2015 foi realizada a 1ª Campanha Estadual durante os meses de setembro e outubro, em 18 Unidades Prisionais do estado. Foram examinadas 345 pessoas privadas de liberdade e identificados 34 casos de tuberculose. Destes, alguns já concluíram o tratamento e outros estão em acompanhamento pelas Equipes de Saúde Prisional dos referidos presídios.

“Salientamos que a realização da campanha nos serviços prisionais contempla parte das ações de vigilância programadas pelo Núcleo de Doenças Endêmicas para o ano de 2016, visando melhorar a captação precoce dos casos de tuberculose. Vale ressaltar que intervenções simples e eficazes qualificam a assistência à tuberculose no sistema prisional, possibilitando a integralidade do cuidado, principalmente às populações de maior vulnerabilidade”, disse Lívia.

A doença – A tuberculose é caracterizada como uma doença infectocontagiosa que afeta, principalmente, os pulmões. Ainda é responsável por várias mortes no mundo, causada pelo Mycobacterium Tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch, e tem como principais sintomas a tosse com secreção, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento, cansaço fácil e dores musculares. Ela também provoca dificuldades para respirar, eliminação de sangue e acúmulo de pus na pleura pulmonar, nos casos mais graves.

O tratamento tem duração mínima de seis meses, com medicação gratuita fornecida pelo Ministério da Saúde e disponibilizada nas unidades de saúde dos municípios da Paraíba. Na Paraíba, o hospital referência no tratamento da doença é o Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga.

Qualquer paciente com tosse (seca ou com catarro) por mais de 15 dias, associada à febre e perda de peso involuntária, deve procurar o médico. Diagnosticada a doença, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. É importante que não haja interrupção no tratamento, pois com isso o organismo corre o risco de ficar resistente à bactéria, e assim o procedimento vai ficando cada vez mais longo.

A tuberculose é transmitida por via aérea quase que na totalidade dos casos, a partir da inalação de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias. “A persistência da tuberculose nas unidades prisionais se relaciona ao grande número de fatores envolvidos para sua determinação, e, sobretudo por sua complexidade no controle e cura. Para tanto, existe a necessidade cada vez maior da integração entre os serviços de saúde, a fim de obter um melhor controle da doença, além da busca de novas perspectivas com relação à forma de sua expansão e contágio”, concluiu Lívia Borralho.