A Secretaria de Estado da Saúde (Ses), por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Ndants), participa nesta terça-feira (21), às 14h, no auditório do Conselho Regional de Medicina, de evento alusivo ao Dia Nacional da Asma promovido pela Associação Médica da Paraíba. A programação é aberta aos profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e fisioterapeutas de João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita e Bayeux, extensivo aos estudantes universitários das áreas mencionadas.
“O evento destaca a necessidade e a importância de trabalhar a prevenção, diagnóstico e tratamento da asma. O objetivo é aproveitar o Dia Nacional da Asma para informar à sociedade que, apesar de ser uma doença muito comum, a asma provoca mortes, devendo ser tratada e controlada. Muitas pessoas ainda confundem a asma com alergia e outras só procuram tratamento em período de crise. É preciso estar atento a esta doença crônica e os profissionais preparados para receber possíveis casos, tratando da maneira adequada”, afirmou a chefe do Ndants, Gerlane Carvalho.
Os profissionais e estudantes de saúde foram convidados a participar da programação científica que será repassada através de palestras e oficinas. “O Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES trabalha também com as doenças crônicas e, por este motivo, achamos pertinente firmar a parceria com a Associação Médica da Paraíba. Nossa missão é ajudar a reduzir o índice da doença e informar sobre a importância do diagnóstico preciso e do tratamento contínuo”, disse Gerlane.
Durante o evento, os profissionais receberão informações sobre a asma na criança, no adolescente e no adulto; oficinas sobre a utilização correta dos dispositivos inalatórios como forma de medicação; além de explicações sobre a tosse na asma.
Asma ou bronquite asmática – É uma doença inflamatória crônica (não tem cura), das vias aéreas, muito comum, afetando aproximadamente 10% da população. De acordo com a intensidade e frequência dos sintomas, ela pode ser leve, moderada e grave, e é possível ser controlada com o uso adequado dos medicamentos, alguns deles distribuídos gratuitamente pelo SUS.
Asma é uma das condições crônicas mais comuns, acometendo cerca de 235 milhões de pessoas no mundo todo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que, no Brasil, 15% da população sofram com o problema.
Aproximadamente 75% das internações poderiam ser evitadas e um terço dos pacientes podem ter um ataque fatal, justificando a necessidade de campanhas educativas para conscientizar a comunidade no que se refere aos sintomas da doença, facilitando o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
ABCD da asma
- Abordar os fatores desencadeantes e agravantes e orientar como evitá-los (fumaça de cigarro, ácaro, mofo e poeira doméstica, exercício intenso e fatores emocionais);
- Buscar medicamentos apropriados e com técnica adequada (uso correto dos medicamentos e dos dispositivos inalatórios);
- Colocar em prática um plano de ação para monitorar o controle da asma;
- Descrever a diferença entre medicação controladora e de resgate (conhecer os efeitos colaterais dos medicamentos usados e saber como minimizá-los).
Tratamento da Asma – O objetivo do tratamento da asma é o controle dos sintomas e a melhora na qualidade de vida. Existem fatores que, frequentemente, são difíceis de identificar e podem influir no desaparecimento dos sintomas, definitivamente ou por longos períodos. Por exemplo: o crescimento do indivíduo, afastamento de fatores desencadeantes pessoais (parar de fumar, por exemplo), ou no ambiente doméstico (evitar mofos e umidade) ou profissional (evitar contato com substâncias irritantes como tintas, vernizes, etc.). Existem fatores genéticos que ainda não são bem conhecidos e que também podem influenciar na evolução da asma.
O tratamento baseia-se em dois tipos de ações: as preventivas, que visam evitar que as crises ocorram – e por isso são as mais importantes – e o tratamento das crises, que visam controlar os sintomas quando eles ocorrem. As ações preventivas envolvem quase sempre o uso de medicamentos, medidas pessoais e ambientais (evitar mofos, poeira doméstica, poluição, substâncias irritantes, umidade, fumo), combater fatores agravantes (como refluxo gastroesofágico e rinossinusites) e, às vezes, vacinas dessensibilizantes.
No tratamento de crises, quanto mais precoce o uso de medicamentos, melhor será a resposta. Algumas vezes é necessário que o paciente procure um atendimento de urgência.