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Iphaep discute Educação Patrimonial com alunos e professores do Cearte

quinta-feira, 1 de setembro de 2016 - 16:27 - Fotos: 

palestra Iphaep ceart 270x191 - Iphaep discute Educação Patrimonial com alunos e professores do CearteEm 2004, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba aprovou o Decreto nº 25.098, relativo ao Tombamento do Grupo Escolar Thomás Mindello. Com isso, o Iphaep permitiu a preservação da memória histórica e arquitetônica do imóvel, que está localizado no Centro Histórico de João Pessoa e foi edificado em 1916, pelo arquiteto italiano Paschoal Fiorillo, sendo considerado como a primeira instituição de ensino público da Paraíba. Atualmente, lá funciona o Centro Estadual de Arte, que oferece aulas gratuitas de Desenho, Cerâmica, Pintura e Ballet Clássico para a população. Pois foi exatamente no centenário Grupo Thomás Mindelo que a equipe do Iphaep esteve na manhã desta quinta-feira (1), para proferir uma palestra sobre educação patrimonial, destinada aos alunos e professores do Cearte.

A ministrante foi a professora Márcia Albuquerque, responsável pela Coordenadoria de Assuntos Históricos e Culturais do Iphaep. O técnico Jefferson Dantas, também da Cahac, também esteve no encontro, como apoio técnico. A palestra durou duas horas e foi iniciada com uma “provocação”: o que é monumento? Em seguida, foram exibidas duas imagens – do anjo da Praça dos Três Poderes (que lembra o movimento da Revolução de 1930) e o anjo caído (uma homenagem ao ex-interventor da antiga Parahyba, Anthenor Navarro, e que se encontra no Cemitério da Boa Sentença). A ideia da professora era que “é preciso lembrar, para não esquecer”.

Dando sequência ao encontro com os alunos e professores do Cearte, Márcia Albuquerque fez, entre outros, os seguintes questionamentos: o que entendem por patrimônio? qual a relação do patrimônio histórico com você? Como discutir patrimônio em meio aos conteúdos? Nesse instante, a mestra trouxe à tona uma frase do historiador e educador francês Jean-Noël Luc, escrita em 1981, onde ele dizia: “Todo meio, rural ou urbano, está situado no tempo. Possui uma história e esta história deixou suas marcas. Nas memórias e nos arquivos. Mas também no seu entorno. Objetos e edifícios diversos são testemunhos das existências anteriores. São laços de união entre o passado e o presente”.

Opiniões - A palestra sobre educação patrimonial, realizada pelo Iphaep, na Escola Thomás Mindello, reuniu cerca de 30 pessoas, entre alunos e professores: desde crianças de 7 a 10 anos até adultos. A iniciativa partiu da professora Pollyanna Dias, da turma de Artes Visuais, que definiu o objetivo do encontro dizendo: “Nossa ideia é sensibilizar as pessoas para a importância dos equipamentos de arte. E, por isso, nada melhor do que trazer o Iphaep para falar, com profundidade, do tema do patrimônio e como podemos olhar o nosso patrimônio paraibano, para que possamos preservá-lo”.

O professor Maurílio Marques Estrela, que ensina Desenho, Pintura e Gravura no Cearte, mostrou-se entusiasmado com o encontro. Segundo ele, foi uma chance “educativa, informativa e essencialmente esclarecedora. As pessoas precisam conhecer, para que posam se conscientizar sobre a riqueza cultural que temos na Paraíba”. A aluna Edjane Alves da Silva, do curso de Pintura, revelou que a palestra tinha se revelado muito interessante, “pois, como sou de Campina Grande, não tinha consciência de quanta beleza, de quanto patrimônio existe na nossa capital”. Professor de História, em Lagoa de Dentro, Aldaberon Vieira prometeu: vai fazer uma solicitação ao Iphaep pedindo que um curso de educação patrimonial seja realizado na sua cidade.

Já a aluna Skarllat da Silva Oliveira, que também estuda Pintura no Centro Estadual de Arte, considerou que o encontro ampliou as noções de patrimônio que ela tinha, após ter feito um curso de turismo, no qual o assunto patrimonial havia sido abordado. Ela é mãe de Nicholas, de 10 anos, que estuda Desenho; e Evellyn, de 7 anos, que frequenta as aulas de Ballet Clássico. Presentes à palestra do Iphaep, as crianças se mostraram interessados nas explicações da professora Márcia Albuquerque.

A diretora executiva do Iphaep, Cassandra Figueiredo, lembrou que as palestras sobre educação patrimonial vêm se tornando uma rotina no trabalho do Instituto do Patrimônio Estadual. “No mês passado, o professor Edvaldo Lira, também do Cahac, esteve na Escola Estadual Maria do Carmo Miranda, em Jaguaribe. Agora, foi a vez da professora Márcia Figueiredo ir ao Cearte, no antigo grupo escolar Thomás Mindello”, lembrou Cassandra. “Em todas as oportunidades, creio que o Iphaep tem atingido seu objetivo: falar de patrimônio e conscientizar um público eclético”, disse.