Em alusão ao Dia Mundial do Diabetes (14), a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) promoveu, na manhã desta quinta-feira (17), em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas (FCM), a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Paraíba e alunos do Projeto “Educando Educadores Sem Fronteiras”, a II Feira da Saúde, no Campus I da FCM, na Praça Dom Ulrico, no Centro Histórico de João Pessoa.

Com entrada gratuita, a feira foi direcionada para a população em geral, com o objetivo de passar informações sobre a prevenção e a educação em diabetes como principal forma de conseguir a adesão ao tratamento e melhoria da qualidade de vida de seus portadores. Durante o evento, foram realizadas, também, atividades como teste de glicemia capilar (ponta de dedo); oficina do pé diabético; avaliação do Índice de Massa Corporal (IMC); aferição de pressão arterial; tabagismo como fator de risco e orientação alimentar.

“Nossa missão é mostrar à população que é possível prevenir o diabetes, inserindo hábitos saudáveis como boa alimentação e prática de atividades físicas. Para quem já tem o agravo, os profissionais orientam sobre a melhor maneira de tratar, os serviços de referência do Estado, bem como a forma correta de armazenar e manusear os medicamentos”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Ndants), da SES-PB, Gerlane Carvalho.

A II Feira da Saúde fez parte da etapa de finalização do Projeto “Educando Educadores Sem Fronteiras”, uma parceria da SES-PB com a Sociedade Brasileira de Diabetes e apoio da ONG internacional World Diabetes Foundation (WDF). João Pessoa sediou a terceira edição do Projeto. A primeira foi em Boa Vista (RR), em 2104, e a segunda, em Manaus (AM).

“O maior objetivo é que os profissionais mudem a forma de trabalhar com o diabetes através da motivação. Com isso, muda a linguagem; o comportamento e a forma de abordagem para que o paciente passe a ser um aliado do tratamento”, comentou a coordenadora científica do Projeto, a médica endocrinologista Cláudia Pieper.

Ela comentou, ainda, que o curso aborda os sete comportamentos do autocuidado: comer saudavelmente; praticar atividades físicas; vigiar taxas; tomar os medicamentos; adaptar-se saudavelmente; resolver problemas; reduzir os riscos.

“O curso é teórico e prático e nosso objetivo é atingir a população carente e pessoas mais necessitadas, especialmente em regiões distantes, por isso o nome ‘Sem Fronteiras’. Os profissionais foram qualificados e agora são multiplicadores das informações, levando serviços de excelência, com atendimento diferenciado”, informou.

A enfermeira Maria Aparecida Cavalcanti é atualmente coordenadora setorial do Hospital Clementino Fraga, que integra a rede estadual, e foi uma das alunas do Projeto “Educando Educadores Sem Fronteiras”.

“Trabalho como enfermeira há seis anos e este curso agregou muito ao meu currículo. Para nós, profissionais de saúde, a atualização dos conhecimentos sobre o diabetes é extremamente importante. Vamos disseminar as informações, levando serviço humanitário e melhor atendimento aos pacientes”, disse ela.

A auxiliar de serviços gerais Creusa da Silva aproveitou a oportunidade para cuidar da saúde. “Sempre faço exames de seis em seis meses. Hoje me senti muito bem cuidada, fui atendida com carinho e fiz vários exames em um único lugar”, comemorou.

Estimativa - O Ministério da Saúde estima que na Paraíba 5,3% da população é diabética, ou seja, 209.032 dos paraibanos. Na capital, a estimativa é de 4,7% da população, composta por 37.680 pessoenses. A estimativa da população da Paraíba, em 2016, é de 3.944.000 moradores e a de João Pessoa, em 2016, é de 801.680.  

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