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Hemocentro realiza programação alusiva ao Dia Mundial da Hemofilia

quarta-feira, 19 de abril de 2017 - 19:07 - Fotos: 

O Dia Mundial da Hemofilia, 17 de abril, foi celebrado nesta quarta-feira (19) pela equipe do Hemocentro da Paraíba (Hemoíba), em João Pessoa. Pacientes, familiares e profissionais da saúde envolvidos diariamente pelas questões da hemofilia, que se caracteriza por uma deficiência de coagulação, participaram das festividades, no auditório da instituição.

Segundo a diretora técnica do Hemocentro, Rosângela Carneiro, a data serve como uma oportunidade de trazer para a população mais esclarecimentos sobre a hemofilia e os tratamentos disponíveis para os pacientes.

A doença hemorrágica hereditária que afeta mais os homens que mulheres é caracterizada pela presença de sangramentos espontâneos ou após traumas e cirurgias. Segundo a hematologista do Hemocentro da Paraíba, Sandra Sibele Figueiredo, o sinal de alerta deve surgir quando já tem histórico de hemofilia na família e ao ser identificado que a criança apresenta um grande hematoma desproporcional ao trauma.

Atualmente, dados relativos ao ano de 2016, mostram que na Paraíba há 229 casos de hemofilia tipo A (resultante de mutações nos genes que codificam o fator VIII) e 29 casos de hemofilia tipo B (resultante de mutações nos genes que codificam o fator IX). Todos são cadastrados e são acompanhados por equipe multidisciplinar do Hemocentro.

O diagnóstico dos portadores de hemofilia é realizado no próprio Hemocentro. “O diagnóstico de hemofilia pode ser feito em menos de 24 horas já que realizamos os testes aqui em João Pessoa”, explicou Sandra Sibele Figueiredo.

“O laboratório de coagulação do Hemocentro é um dos melhores laboratórios de coagulação do Estado da Paraíba. Toda criança com suspeita de doença hemorrágica hereditária tem de ser encaminhada até o Hemocentro para que a gente possa fazer o diagnóstico, o tratamento, o cadastro e o acompanhamento desta criança por toda vida”, pontuou a hematologista.

No estado, o Hemocentro da Paraíba é o Centro de Tratamento de Hemofilia (CTHS). A instituição oferta serviço ambulatorial, assistindo pacientes de todo o estado, diagnosticados ou com suspeitas de doenças hematológicas benignas, incluindo a hemofilia.

Os pacientes dispõem de equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeuta, odontólogos, enfermeiros, farmacêutico, assistentes sociais e laboratório especializado), preparada para promover atendimento humanizado e orientações sobre como potencializar uma melhor condição de saúde.

Para o diretor da Federação Brasileira de Hemofilia, Elias Ferreira, os avanços no tratamento da hemofilia são fundamentais para garantir uma vida pessoal e social plena. “Queremos um dia chegar a curra”, declarou.

Após a palestra da hematologista Sandra Sibele Figueiredo, houve a entrega de brindes aos participantes do evento e um lanche especial para todos.