As falhas no processo de medicação são um problema frequente em unidades hospitalares do mundo inteiro. Pensando nisso, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, realizou na quarta-feira (19), um curso com o tema: Melhores práticas no Gerenciamento da Cadeia Terapêutica Medicamentosa para equipe multiprofissional da unidade de saúde.

Segundo o superintendente do Complexo Hospitalar, Milton Pacífico, o curso deixa o Hospital de Trauma à frente de muitas unidades de saúde. “Procuramos treinar as equipes da Assistência para que seja cada vez mais realizado um trabalho multidisciplinar. Esperamos que o curso envolva mudança de atitude e adesão em massa da equipe assistencial, pois se cada um fizer a sua parte, a chance de falha diminui muito”, frisou.

Durante a palestra da farmacêutica clínica, Marinei Ricieri, consultora da IPASS (Instituto de Planejamento e Pesquisa para a Acreditação em Serviço de Saúde), foi reforçado com a Assistência a importância do cuidado redobrado na seleção, aquisição, armazenamento, distribuição, dispensação e uso dos medicamentos, seguindo as diretrizes do Plano Nacional de Segurança do Paciente.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil não há dados estatísticos disponíveis sobre mortes relacionadas ao erro de medicação, mas, estudos demonstram que, nos Estados Unidos, esses erros são responsáveis por mais de sete mil mortes por ano.

Para o médico intensivista, Leonardo Leite, é essencial a participação da equipe multiprofissional, inclusive a classe médica. “Tendo em vista que a cadeia medicamentosa se inicia com a prescrição médica, é interessante que os médicos participem e consigam se relacionar bem os outros profissionais, consequentemente, diminuir no final o que seria uma má administração”, salientou.