O Governo do Estado definiu uma série de ações para o combate ao crime organizado, com destaque para o monitoramento da movimentação das ruas, implantação da Patrulha nas Escolas, da Patrulha Rural e a realização de audiências públicas com a participação de representantes dos municípios com a finalidade de analisar o desempenho do policiamento, além do levantamento para saber quais são os 40 principais procurados pela policia com mandado de prisão para suas capturas.

Foi que o anunciou nesta sexta-feira (4), o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Gustavo Gominho, durante entrevista coletiva na sede da secretaria, da qual também participaram o vice-governador Luciano Cartaxo e o comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Jácome Carvalho.

Começando por João Pessoa e Campina Grande, a Secretaria de Segurança também pretende instalar câmera em pontos estratégicos nas principais ruas destas cidades, mas a meta é levar para as demais do interior.
Os estudos estão sendo concluídos e as câmeras serão instaladas tão logo os recursos sejam liberados pelo governo federal. Os postos da Manzuá, nas saídas das cidades, também terão equipamentos para o registro. “Esperamos contar com o apoio da sociedade para avançar no processo de segurança”, disse.

Na ocasião, o secretário fez um balanço das atividades dos primeiros dias à frente da Secretaria da Segurança, destacando ações que permitiram a prisão de acusados de crimes e informou que está fazendo um novo redirecionamento das atribuições administrativas de cada departamento do órgão, de modo que possa agilizar o trabalho policial.

Também anunciou a ampliação do convênio com o Sindicato dos Condomínios da Paraíba, para treinamento de porteiros dos edifícios para atuar no auxílio da polícia na informação de ocorrências nas imediações de onde trabalham. Essa ação vem se realizando na área de Manaíra, com resultados positivos, e agora será estendido a todo o Estado.

O presidente do sindicato, Inaldo Dantas, informou que órgão vai instalar as câmeras em locais estratégicos e a Secretaria de Segurança se encarregará pelos treinamentos do pessoal. Já são 100 edifícios integrados a esse tipo de monitoramento, que estão sempre em contatos entre si e informam a polícia quando tem alguma movimentação suspeita.

O secretário informou que a primeira audiência pública para avaliação do trabalho dos policiais vai acontecer no dia 15 deste mês, às 15h, no Centro de Ensino da PM, em João Pessoa e a segunda, no dia 6 de maio, em Guarabira e a seguinte, no dia 8 do mesmo mês, em Campina Grande. “Serão convidados juízes, promotores, representantes das Igrejas, de entidades não governamentais, prefeitos e vereadores. Vamos escutar as críticas e sugestões, e serão tomadas as providências imediatamente ou levadas para análise, mas faremos o possível para solucionar cada uma das questões que venham a ser feita nestes encontros”, afirmou o secretário Gominho.

Sobre os trabalhos realizados desde quando assumiu o comando da Segurança Pública, Gominho informou que um dos avanços no combate ao crime foi a prisão dos acusados, como a questão do roubo de gado na região do Litoral Sul.

A motivação dos policiais para o trabalho foi outro destaque.  Para ele, a decepção foi com relação a situação administrativa encontrada, que considerou um “descalabro”. Citou como algo inconcebível a demora para liberação de diárias para policiais que atuam em cidades do interior, que passou a ter maior agilidade após o envio da documentação via Correios, o que antes era preciso ser encaminhado por mensagem da própria Secretaria. “Faltavam normas para disciplinar as obrigações de trabalho de cada setor. Vamos criar normas para melhorar o funcionamento da pasta”, comentou. Também lembrou como desafio as conversações com os delegados que estavam em greve, tendo abonado suas faltas ao trabalho e aberto canal de negociação.

Outro tema abordado pelo secretário Gominho, foi com relação à Patrulha Escolar, que vem se realizando de forma experimental no Bairro dos Bancários e Mangabeira e na cidade de Cabedelo, mas deve ser estendida para todo o Estado. Os policiais agem com maior fiscalização, conversam com a direção da escola e tendo conhecimento da venda de drogas no estabelecimento de ensino, será colocado policial à paisana para identificar e prende os infratores.