Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, alunos da Liga Acadêmica de Pneumologia participaram, nesta terça-feira (9) à tarde, das atividades do Dia Mundial de Combate à Asma (primeira terça do mês de maio), promovidas pela Associação Médica da Paraíba, no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM), com a participação da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Foram realizadas várias palestras com o objetivo de informar e orientar a respeito dos conceitos do diagnóstico e tratamento da asma.
“A equipe da SES articulou a vinda dos profissionais de saúde do SUS, dos municípios de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo, por entender que é de extrema importância uma qualificação no sentido de que é na Atenção Básica onde deve acontecer um atendimento adequado, fazendo o encaminhamento ou o tratamento correto das pessoas com asma”, disse a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (Ndants) da SES, Gerlane Carvalho.
Segundo a presidente da Comissão de Asma, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBBPT, a pneumologista Maria Alenita de Oliveira, na Paraíba, há uma média de duas mil internações por ano de pessoas com asma e morrem anualmente uma média de 62 pacientes.“Quando há estas capacitações, melhora a Atenção Básica e os profissionais ficam aptos para reconhecer os casos graves. Dessa forma, estes números tendem a diminuir, pois já é comprovado que 80% dos casos são preveníveis”, declarou.
“O evento serve para transmitir a nossa experiência, para que, na porta de entrada, que são as Unidades de Saúde da Família, o diagnóstico seja bem definido”, informou o presidente do Comitê de Asma, o pneumologista Sebastião Costa.
Para o professor da UFPB de Saúde da Família, Marcos Vasconcelos, estas capacitações vêm contribuir muito com o trabalho na Atenção Básica. “O médico de família e comunidade é o mais adequado para lidar com este assunto, uma vez que atende a mesma pessoa várias vezes, facilitando assim o diagnóstico, e estas qualificações reforçam isso”, explicou.
Naislane Sátiro é enfermeira da Unidade de Saúde da Família, em Bayeux. Ela disse que aproveitou muito as orientações. “A asma é uma doença muito confundida com outras, a exemplo das alergias respiratórias, por isso, é importante o diagnóstico, logo no início, para evitar maiores sofrimentos para os usuários”, falou.
Nos últimos 15 anos, houve redução da mortalidade e morbidade da doença no país, promovida, essencialmente, pela implantação de programas de controle de asma, educação dos profissionais e a dispensação de medicamentos gratuitos na rede básica de saúde.