Neste período junino, os festejos são intensos, e algumas tradições são mantidas pela sociedade, a exemplo de acender fogueira e soltar fogos de artifícios. Por isso, nesta época, alguns cuidados devem ser adotados para assegurar a saúde dos bebês. O alerta é da médica anestesiologista da maternidade Frei Damião, Ana Luiza Melo Teixeira, que ressalta algumas recomendações importantes, para prevenir problemas de saúde nos pequeninos, especialmente dos neonatos nascidos neste período.

De acordo com a médica, a orientação é que as mães não devem expor os pequenos aos agentes poluentes, pois podem causar processos inflamatórios. Um exemplo desses agentes é a fumaça da fogueira, que pode provocar problemas nas vias aéreas, assim como nos olhos.

“A fumaça pode causar danos à visão, provocando irritação, coceira, vermelhidão e ardor, além disso, nos bebês com problemas alérgicos, a situação se agrava com a exposição ao poluente e no caso das crianças asmáticas ou com rinites, as crises são desencadeadas mais rapidamente”, explicou.

Outra recomendação importante da anestesista é manter os pequenos longe dos barulhos, ocasionados por fogos de artifícios ou som em alto volume. “A exposição prolongada a um volume muito alto de som, causa ao bebê irritabilidade, insônia, podendo ocasionar sérios prejuízos à saúde auditiva, inclusive danos irreversíveis, a exemplo da surdez progressiva, dependendo do tempo da exposição aos poluentes sonoros”, destacou Ana Luiza.

Dicas de prevenção:

No caso da fumaça, entre as medidas preventivas está a criação de obstáculos, para que não penetre na residência, a exemplo, fechar e vedar as janelas e portas.

Em relação à poluição sonora, que pode causar lesão irreversível ao ouvido, o ideal é afastar o bebê do ambiente que produz o som, evitando problemas auditivos futuros.

De acordo com a coordenadora de fonoaudiologia da Maternidade Frei Damião, Milene Trigueiro, “o sistema auditivo é um órgão sensorial extremamente delicado e suscetível a lesões se for muito carregado, principalmente em bebês, que têm uma sensibilidade auditiva muito grande. Os ouvidos dos pequeninos ainda estão desenvolvendo a sua maturidade, podendo inclusive adquirir uma lesão no ouvido interno, se exposto por um período prolongado a barulhos intensos. Por este motivo, o ideal é afastar os bebês de ambientes muito barulhentos, seja local fechado ou a rua”, alertou.

A fonoaudióloga ainda informou que, caso a mãe perceba alguma alteração auditiva no bebê, deve levá-lo imediatamente a um médico otorrinolaringologista, para realizar uma avaliação e, em caso de necessidade, a criança será submetida a exames com uma fonoaudióloga.

A especialista, Milene Trigueiro acrescentou que o máximo que o ouvido humano pode suportar sem sofrer danos é 80 decibéis (dB).

Mais informações sobre a Maternidade Frei Damião– A unidade é referência para os 223 municípios paraibanos e ainda atende cidades pertencentes a estados vizinhos, a exemplo do Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Realiza uma média de 1.500 atendimentos, além de 300 partos mensalmente. Do total de partos 60% é normal (humanizado) e 40% cesárea.