A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh) realizou, nessa segunda-feira (19), uma capacitação para os técnicos do Serviço de Acolhimento para adultos e famílias em situação de rua. Na semana passada, a capacitação foi destinada aos profissionais do Centro Pop. O Serviço de Acolhimento, diferente do Centro Pop – que oferece serviços a essa população durante o dia – tem como função oferecer pernoite aos seus usuários.

A formação teve por objetivo mostrar a importância desse serviço como complemento aos demais. Na Paraíba, apenas os municípios de João Pessoa, Campina Grande e Bayeux possuem o serviço. Cabedelo, Santa Rita e Patos estão em processo de implantação. A formação realizada pela Sedh reuniu as equipes dos municípios, sobretudo da região metropolitana, para discutir o Serviço de Acolhimento a partir da realidade de trabalho de cada um, buscando pensar alternativas para ampliação de vagas e melhoria do atendimento a essa população.

Nos espaços de acolhimento estão assistentes sociais, psicólogos, coordenadores e orientadores sociais, que são profissionais de nível médio que também atuam no serviço. A gestão do Serviço de Acolhimento, assim como a dos demais serviços da Rede de Atenção a pessoa em situação de rua é realizada pelos municípios, a Sedh tem, entre outras funções, a de capacitar os profissionais envolvidos.

Tatiana Lacerda, coordenadora da casa Adulto I, do município de João Pessoa, relatou como funciona o espaço. “Em nosso espaço nós recebemos a pessoa em situação de rua, normalmente encaminhada pelo Centro Pop. Nós fazemos uma triagem para reconhecer os objetivos daquela pessoa com o acolhimento. O nosso maior desafio nesse serviço é tirar a rua dessas pessoas, porque elas saem da rua, mas têm grandes dificuldades de deixar as práticas e os vícios”, comentou.

Segundo Luciano Feitas, pesquisador e responsável pela capacitação, “quando um município oferta a Rede de Atenção completa, que compreende Serviço de Acolhimento, República, Abordagem Social, Centro Pop articulado com Aluguel Social, ele ganha principalmente a perspectiva de compreender essa pessoa enquanto sujeito de direito e mostrar que há uma saída para a situação de rua”.