A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES), por meio da Coordenação Estadual de Saúde da Mulher e em parceria com o Ministério da Saúde (MS), promoveu nesta terça-feira (20) uma oficina de devolutiva do Processo Avaliativo da Rede Cegonha. A reunião aconteceu no Espaço Cultural José Lins do Rego e reuniu profissionais das maternidades públicas do estado, gerentes regionais de saúde, gestoras de políticas públicas para as mulheres, representantes do MS e técnicas da área de Saúde da Mulher da SES.
O objetivo da oficina foi apresentar os resultados do processo avaliativo dos hospitais segundo as diretrizes da Rede Cegonha, projeto do Governo Federal que visa garantir o atendimento de qualidade, seguro e humanizado para todas as mulheres. Na Paraíba, dez maternidades participam da Rede, sendo elas nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras.
A técnica do MS, Ana de Lourdes Vieira Fernandes, explicou que, em 2017, no período de maio a junho, foi realizado um monitoramento dos serviços vinculados à Rede Cegonha, com cinco diretrizes avaliativas dos processos de trabalho da ambiência dos hospitais e da forma da atenção à gestante com as boas práticas baseadas em evidências. Hoje, o MS apresentou os resultados do que foi feito à época, no intuito de analisar os resultados, e traçar estratégias para melhorar os pontos negativos apresentados na oficina. “A finalidade desse encontro é devolver e avaliar ao mesmo tempo, enquanto a gente trabalha mais fortemente essa questão das práticas da obstetrícia”, pontuou.
Ana de Lourdes também falou sobre o plano de estratégias de continuidade da Rede Cegonha, que é o parto cuidadoso, que vem buscar o fortalecimento do parto natural para diminuir os índices de cesárea desnecessária. “Evitando-as, conseguiremos reduzir as hemorragias e infecções, reduzindo assim o índice de mortalidade materna”, completou.
Para a coordenadora de Saúde da Mulher da SES, Fátima Moraes, a importância da oficina está na discussão sobre os indicadores que são importantes para a redução das mortalidades materna e neo-natal e para a organização dessa atenção materno-infantil que é prestada na Paraíba. “Esperamos sair daqui hoje com um plano de ação para que os pontos que não foram atingidos, ou que foram bem abaixo do esperado, sejam melhorados”, afirmou.
A secretária de Saúde da Paraíba, Claudia Veras, esteve presente na oficina e falou sobre a importância do processo avaliador dentro da gestão pública. “Acredito que todos os processos de avaliação são muito relevantes para quem trabalha na gestão, para que a gente possa conseguir, através de um determinado olhar que é externo, avaliar o que é que a gente pode fazer para melhorar”, pontuou.
Claudia Veras afirmou também que a atenção obstétrica é uma área muito desafiadora, principalmente no sentido de produzir mudanças no fluxo de alguns métodos e na atuação de profissionais e da equipe. “Do ponto de vista da cobertura, a Saúde avançou muito. O Governo do Estado ampliou o número de leitos e a gente reconhece a importância que tem a ampliação dos serviços da saúde. Mas existe uma série de questões que me preocupam muito e se não conseguirmos produzir mudanças, não conseguiremos avançar em determinados assuntos. E esse é o grande desafio, porque as pessoas não querem sair de uma determinada zona de conforto”, completou.
