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Pesquisa avalia campanhas de combate ao Aedes aegypti

segunda-feira, 5 de junho de 2017 - 11:29 - Fotos: 

No período de 3 a 7 de junho acontece em João Pessoa uma pesquisa de Avaliação da Campanha de Combate ao Aedes aegypti 2016. Coordenada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnologia em Saúde (Fiotec), organismo de apoio à Fiocruz, do Ministério da Saúde, a pesquisa vai avaliar a eficácia das informações e orientações que são repassadas à população, nas ações e campanhas de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Além de João Pessoa, Cuiabá (MT) também foi escolhida para a pesquisa.

A pesquisa é realizada por meio de entrevistas com homens e mulheres de 18 a 49 anos. Por amostra, serão entrevistados um total de 300 pessoas em João Pessoa e 300 em Cuiabá. O público-alvo são as mulheres grávidas, mulheres que pretendem engravidar, mulheres que não querem e homens.  As pessoas são abordadas em locais públicos como mercados, feiras, parques, shopping centers, igrejas, serviços de saúde, bombeiros. A equipe de coletadores utiliza em campo um aplicativo para smartphone Android – o Epi Info for Mobile. O aplicativo permite aos entrevistadores apresentarem perguntas fechadas e gravar vídeo, áudio e imagem.

Para a realização da pesquisa, estão em João Pessoa a pesquisadora da Fiotec, Marly Cruz, a pesquisadora em comunicação e mídia do Georgia Tecnology e do CDC Americano, dra. Susan Robinson e Vanda Costa, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), responsável pela organização da logística do campo. Também participam da pesquisa, oito coletadores – quatro de Cuiabá e quatro de João Pessoa – e quatro supervisores. Segundo Marly Cruz, João Pessoa foi escolhida por ser um centro urbano que apresentou grande concentração de casos de zika.

“Os objetivos dessa pesquisa são avaliar se o público considera as mensagens da campanha claras, úteis e motivadoras, com um foco especial nas ações relativas à prevenção da transmissão da zika; Além de explorar como os integrantes do público-alvo reagem às três mensagens de prevenção de arboviroses – zika, dengue e chikungunya e as diferenciam pela campanha, e descrever suas percepções acerca do risco, conhecimento de comportamentos de segurança, exposição às comunicações e comportamento/fatores que influenciam a adoção desses comportamentos”, explicou Cruz.

Cruz destacou também a importância da realização da pesquisa na capital paraibana e o apoio do Governo do Estado. “Considero ser de suma importância a realização dessa pesquisa em João Pessoa pelo fato de poder abordar as pessoas – segmento mais diretamente afetado – para que possam expressar sua percepção e entendimento sobre a campanha realizada. A pesquisa tende a dar maior visibilidade a um problema de saúde pública tão relevante e ajuda a esclarecer a importância das práticas mais adequadas de prevenção e cuidado. Nossa intenção é divulgar os resultados da pesquisa para os estados e Ministério da Saúde, para assim podermos auxiliar os gestores e profissionais de saúde na compreensão conjunta de como as mensagens veiculadas foram recebidas pelo público, além do nível de conhecimento acerca dos riscos de transmissão. É muito importante ressaltar também o apoio da Secretaria Estadual de Saúde para a realização dessa pesquisa que foi constituída numa cooperação internacional”, concluiu.