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Seminário define ações para combater insegurança alimentar

quarta-feira, 7 de junho de 2017 - 10:45 - Fotos:  Secom-PB

06 06 2017 seminário de povos tradicionais fotos Luciana Bessa 121 270x179 - Seminário define ações para combater insegurança alimentarPelo menos 100 inscritos abordam ações de combate à fome estão em debate no Seminário de Segurança Alimentar e Nutricional com Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, que está sendo realizado desde a terça-feira (6) e termina nesta quarta-feira (7).

O evento está sendo realizado no Centro de Atividades e Lazer do Aposentado e Pensionista Padre Juarez Benício (Cejube), no bairro Colinas do Sul, em Gramame, João Pessoa. O Governo do Estado é representado nas discussões por integrantes da Câmara Intersecretarial de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba (Caisan), que é órgão da Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária.

“Depois de uma luta de dez anos, estamos vivendo melhor porque conquistamos nossa terra, através de uma ONG que trabalha com as comunidades quilombolas. A gente está muito feliz porque é dali que tiramos nosso alimento. Temos a certeza de que, se plantar colhe. Produzimos feijão, arroz e fazemos horta. Nada se compara a gente ver o quanto cresceu a comunidade, hoje a gente colhe frutos de muita luta”, disse a agricultora Leonilda Coelho Tenório, moradora do Quilombo do Grilo, em Riachão do Bacamarte.

Além de definir e encaminhar ações da Diretriz 4 do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional da Paraíba, o seminário permite que os representantes dessas comunidades troquem experiências. No final das discussões, as demandas serão encaminhadas para cada órgão envolvido com a política de segurança alimentar.

O seminário é fruto de um projeto multicampi das Universidades Federais da Paraíba (UFPB), Pernambuco (UFPE), Rio Grande do Norte (UFRN) e Campina Grande (UFCG), juntamente com o Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea) e a Caisan. O objetivo central é promover a segurança alimentar de povos e comunidades tradicionais, que é o foco da Diretriz 4.

A professora da UFCG e membro do Consea, Vanille Pessoa, avalia o seminário como um momento rico de discussões e fundamental para futuras conquistas dessas comunidades. “O que me motiva a estar nessa missão é ter a consciência de que, para fazer política funcionar, temos que estar em contato com as pessoas. Minha expectativa é que no final desses dois dias elas possam ter espaço e voz, e que saiam com encaminhamentos definidos”.

Para a secretária executiva da Caisan, Denise Albuquerque, o importante é o trabalho em parceria: “Esse seminário será relevante para que possamos colocar em prática as ações do Plano, e também para sentirmos de perto as necessidades desses povos. Só assim conseguir fazer o que é realmente necessário para combatermos a fome”.