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Funad realiza evento para debater violência contra a mulher

terça-feira, 13 de março de 2012 - 18:30 - Fotos: 

O Governo do Estado, por meio da Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad), realizou, nesta terça-feira (13), um evento com o objetivo de criar espaços de informação e encaminhamento para trabalhar a vulnerabilidade das mulheres vítimas de violência.  Na ocasião, a presidente do órgão, Simone Jordão, proferiu palestra abordando o tema Mulheres Cuidadas e Cuidadoras – Violência X Deficiências.

O evento, que aconteceu no auditório Jimmy Queiroga de Oliveira, foi destinado às servidoras e usuárias da Funad e contou ainda com a participação da representante da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Cândida Magalhães. Na oportunidade, foi exibido um filme sobre a Lei Maria da Penha, com relatos de vítimas de violência. A lei é uma homenagem à farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que por 20 anos lutou para ver o seu agressor (o próprio marido), preso por tentar assassiná-la e deixá-la numa cadeira de rodas.

Na palestra, Simone Jordão revelou que a violência contra as mulheres com deficiência e as mães cuidadoras, embora seja real, muitas vezes é subnotificada. Por isso, alertou para uma maior reflexão, sobretudo sobre a violência doméstica. Segundo ela, é preciso que toda a família se envolva no processo de tratamento e reabilitação das pessoas com deficiência, papel que tem sido assumido, na maioria dos casos, pelas mães.

Outra proposta da presidente da Funad é a utilização da Assessoria de Defesa das Pessoas com Deficiência, ampliando a escuta qualificada no que se refere à violência contra a mulher, e, principalmente, contra a discriminação. “Devemos garantir um fluxo interno que possibilite uma articulação com a rede de serviços de proteção, apoiando essas mulheres em situação de sofrimento, para, assim, resgatar o poder e autonomia das mulheres cuidadas e cuidadoras que sofrem violência”, enfatizou.

Para Cândida Magalhães, culturalmente, o discurso da mulher é desvalorizado, enquanto que o universo masculino é respeitado. Ela revelou que a violência física tem aumentado e lamentou, principalmente, a violência sutil, citando como exemplo casos de mulheres com deficiência cujos familiares usam os cartões de benefícios e as deixam abandonadas.