O curso prevê uma visita aos municípios de Sapé, Itabaiana e Mari, cidades com problemas hídricos. A idéia do treinamento é propor caminhos para um plano regional num território que tem déficit hídrico.
São cerca de 40 participantes que irão, desta segunda até a sexta-feira (22), aprender as etapas de um planejamento estratégico com palestrantes do Brasil, Argentina, Chile e Colômbia. O curso é o nono de uma série que vem ocorrendo em todo o Brasil, e já foi realizado na Bahia, Piauí, Pernambuco e Ceará.
Segundo secretário Henrique Villa, da Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional, o Nordeste vem sendo privilegiado na política de desenvolvimento nacional e regional do MI. “Após o curso, os participantes estarão preparados para fazer planejamento regional em qualquer parte do território brasileiro.
Eles aprenderão a trabalhar com estatísticas regionais, mecanismo de gestão da informação, programas de computador, técnicas e etapas de construção de um plano regional e como estimular atores locais para participarem do projeto de desenvolvimento”, conta Villa.
Já o secretário Ademir de Melo, da Secretaria de Planejamento e Gestão, que abriu o evento, entende que o curso mostra na prática a diferença em relação a uma política iniciada em 1990, neoliberal, quando o Governo Federal passou a transferir a responsabilidade da ação governamental para o mercado, na expectativa de que o mercado resolveria tudo.
“Naquela época partia-se do princípio de que as forças que atuam na reprodução de condições nacionais são diferentes daquelas que atuam nas condições regionais e locais, quando na verdade são as mesmas forças. Hoje nós encontramos um esforço para retomada do sistema de planejamento no estado brasileiro. A Paraíba está dentro dessa linha de ação de substituir a improvisação e o expontaneismo pelo planejamento estratégico. E na medida em que temos um curso que se propõe preparar quadros para pensar e planejar os destinos da Paraíba, no médio e longo prazos, estamos no caminho certo”, acredita o secretário.
Custos – “Os gastos são muito grandes, temos uma equipe enorme de professores de fora do Brasil para o evento. Além disso, são três semanas de curso, com deslocamento para a realização de um trabalho concreto no território”, aponta Henrique Villa.
Segundo Villa, um curso como este, se realizado fora de uma parceria federal e estadual custaria na sede da Cepal, no Chile, US$ 3 mil dólares, apenas para inscrição. “O investimento total só do MI é de R$ 150 mil, o Cepal e o Governo do Estado entram com outros R$ 70 a 80 mil cada um”, finaliza.