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Governo apresenta resultados de pesquisa que associa o Zika vírus à microcefalia

terça-feira, 23 de maio de 2017 - 08:52 - Fotos:  Secom-PB

DSC05666 270x202 - Governo apresenta resultados de pesquisa que associa o Zika vírus à microcefaliaUma equipe da Secretaria de Estado da Saúde, com apoio da 6ª Gerência Regional de Saúde, reuniu na segunda-feira (22) em Patos, municípios da 3ª e 4ª macrorregionais que tiveram mães e crianças estudadas na pesquisa de caso-controle sobre microcefalia na Paraíba. O  estudo científico ocorreu através da parceria do Governo do Estado, Ministério da Saúde e CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

A pesquisa, pioneira no Brasil, que aconteceu entre fevereiro e maio do ano passado, investigou a relação que o zika vírus tinha com os casos de microcefalia. Na ocasião houve uma seleção de mães e crianças (164) que passaram a ser acompanhadas pelos pesquisadores.

“Naquela época, não se sabia ainda se existia relação entre o Zika vírus e os casos de microcefalia. O estudo confirmou a associação. Algumas mães que tiveram Zika durante a gestação, seus bebês apresentaram a microcefalia. A gente tá trazendo a devolutiva, entregando os resultados dos exames para os municípios que participaram da pesquisa e que tiveram casos de Zika e microcefalia”, explicou Jória Guerreiro, professora da UFPB e epidemiologista, uma das pesquisadoras.

Até a próxima sexta-feira, os exames, tanto os positivos, quanto os negativos, vão ser entregues nas residências das mães. Dos 164 casos estudados na 3ª e 4ª macros, 43 deram positivos para microcefalia, associados ao Zika vírus. Durante os estudos foram realizados 6.068 testes e colhidas 1.224 amostras de sangue em mães e bebês dos 52 municípios pesquisados.

Jória pediu apoio dos gestores presentes à reunião para que as mães fossem localizadas para receberem os resultados dos exames, e depois orientassem às mães de crianças com microcefalia sobre o serviço especializado, atendimento de estímulos, já que elas necessitam muito dessa terapia. “É um acompanhamento importante para que essas crianças possam ter menos efeitos ao longo da vida em relação à microcefalia”, comentou a epidemiologista.