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Curso de Arquivologia da UEPB promove evento sobre o Novo Acordo Ortográfico

quinta-feira, 30 de abril de 2009 - 11:07 - Fotos: 

Mostrando-se atualizado com as recentes exigências do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o curso de Arquivologia da Universidade Estadual da Paraíba, instalado no Campus V, em João Pessoa, promoveu nesta quarta-feira, 29, o projeto “Escrevendo pela Nova Ortografia: como usar as novas regras do acordo ortográfico da Língua Portuguesa”.

O evento contou com a participação de professores da UEPB, da Universidade Federal da Paraíba e alunos do curso de Arquivologia, que promoveram exposições de documentos e painéis, além de jogos interativos sobre o novo acordo ortográfico.

Na abertura da programação, o aluno do primeiro período, Everaldo Chaves, e seu amigo, Chico Lucena, fizeram uma apresentação cultural com o duo de saxofone e violão. A aluna Marília, também do P1, promoveu um monólogo de sua autoria sobre as possibilidades do Novo Acordo, e o aluno Marcos Valerius, do P1, fez uma exposição de cartazes em aquarela sobre a temática do evento.

Pela manhã, a mesa redonda “Escrevendo pela nova ortografia: acordo, confronto e desafios” foi apresentada pelos professores da UEPB Eliete Correia dos Santos e João Wandemberg Gonçalves Maciel, além da professora da UFPB/PROLING, Fátima Almeida.

De acordo com Eliete Santos, professora de Arquivologia e organizadora do evento, a idéia do projeto sobre o Novo Acordo Ortográfico surgiu em parceria com os alunos das disciplinas de Oficina de Texto I e II da UEPB, discutindo com eles que, independente da profissão escolhida, deve-se dominar a Língua Portuguesa, lendo e escrevendo bem, além de se adaptar às modificações para empregá-la corretamente.

O projeto foi estendido aos professores e alunos de Biologia e Relações Internacionais do Campus V, com a promoção de atividades diversas durante todo o dia, para que a comunidade acadêmica, em diversos horários, pudesse aprender e se inteirar das novas exigências.

Mesa redonda

Segundo o professor Wandemberg, não devemos questionar a necessidade do novo acordo, apenas nos adaptar à tentativa de unificação da escrita entre os países que trabalham com a Língua Portuguesa. “Há necessidade da língua como registro dos hábitos da humanidade, especialmente para nós brasileiros. Já que a reforma foi proposta com um período para que possamos absorvê-la, é preciso que os professores possam instruir os alunos e também serem instruídos para esta unificação, que é o mais relevante em todo o processo”, afirmou.

Ele acrescentou ainda que o Brasil está em vantagem na modificação ortográfica, pois além de ser o primeiro país a iniciar a alteração, possui apenas 0,5% de deficiência a ser corrigida, enquanto Portugal e outros países precisam alterar 1,6% de sua ortografia.

Para a professora Fátima Almeida, “o Novo Acordo não promove uma mudança tão significativa na escrita como um todo, mas uma leve modificação na ortografia, tendo em vista que foram acrescentados alguns fonemas no alfabeto e alterações simples em relação aos acentos. Devemos verificar a utilidade disso na língua portuguesa e na unificação, para que não haja dois tipos de língua entre os países”.

Já a professora Eliete Santos alertou para as questões políticas, questionando quais os verdadeiros interesses daqueles que aprovaram a reforma. “Há algo de positivo com a reforma, mas não devemos esquecer o mercado mobilizado por trás disso, com a comercialização de livros didáticos por aqueles que necessitam se adaptar com certa urgência ao Novo Acordo. Todo ensino, fundamental, médio e superior, deverá se adaptar até 2012 e, até lá, haverá uma mobilização muito grande da indústria livreira”, salientou Eliete.

O evento continuou durante a tarde e à noite, dando continuidade à programação que envolveu, ainda, palestras, seminários, apresentações, exposições e distribuição de boletins informativos.