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SES apresenta Comitê de Controle da Tuberculose na Paraíba

segunda-feira, 16 de outubro de 2017 - 11:42 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde (Ses) promove nesta quarta-feira (18), no auditório do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, uma reunião solene de apresentação do Comitê de Controle da Tuberculose na Paraíba.

O grupo se une à Rede Brasileira de Comitês para o controle da Tuberculose como articulador regional entre o governo e sociedade civil, destinando-se também a apoiar os membros da Rede Brasileira de Comitês para o controle da Tuberculose no cumprimento de suas atribuições.

Participam da reunião os membros coordenadores dos programas de controle da tuberculose dos municípios prioritários (João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo); Organizações Não Governamentais (ONG’s); instituições de ensino superior; profissionais do Clementino Fraga e Centro POP – referências no tratamento da tuberculose no Estado; profissionais de serviços de apoio a pessoas em situação de rua; profissionais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Duas pessoas (titular e suplente) indicadas por cada instituição ou serviço.

De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da Ses, Lívia Borralho, o Comitê foi referendado durante a reunião da assembléia geral dos Comitês de Controle de Tuberculose, em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro deste ano. Agora, o Comitê da Paraíba faz parte da rede brasileira que, no total, tem 13 comitês.

Reunião – Durante a reunião desta quarta-feira serão oficializados os membros do Comitê de Controle da Tuberculose na Paraíba, que levarão ofícios, documentos e a aprovação do regimento. Será apresentado, ainda, o plano de trabalho com a programação de atividades a serem cumpridas durante o ano.

Em seguida, os membros do Comitê vão distribuir panfletos informativos sobre a tuberculose para os usuários e profissionais do Clementino Fraga.

O Comitê – Os objetivos do Comitê de Controle da Tuberculose na Paraíba são:

- atuar junto às organizações governamentais e da sociedade civil, dando visibilidade às políticas públicas, em defesa do SUS, com foco na tuberculose, considerando seus aspectos políticos e técnicos, fortalecendo a mobilização social e o monitoramento e avaliação;

- promover a participação de profissionais e representantes da sociedade civil envolvidos no controle da tuberculose nos diversos setores e serviços e proporcionar a troca de experiências entre eles;

- monitorar e avaliar a situação epidemiológica e operacional das ações de controle da tuberculose em relação às metas pactuadas a nível estadual e municipal, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Tuberculose;

- socializar as informações produzidas para o controle da tuberculose com os profissionais de saúde e representantes da sociedade civil.

Dados – Em 2017, foram notificados na Paraíba 871 casos de tuberculose. Entre eles, 82,1% (714 pessoas) são casos novos e 17,9% (157 pessoas) casos de retratamento, ou seja, indivíduos que abandonaram o tratamento antes e decidiram voltar.

Dos 871 casos notificados este ano, 620 são de tuberculose pulmonar (confirmados em laboratório), onde o paciente tem potencial capacidade de transmitir a doença – com 15 dias de tratamento adequado, não há mais chance de transmissão. Destes 620 casos, 9,5% fazem parte da população privada de liberdade, 6,1% são de coinfecção TB-HIV e 1,2% estão na população em situação de rua.

Tuberculose – A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. A pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica também favorece o estabelecimento da tuberculose.

Entre os sintomas, estão: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; emagrecimento acentuado.