O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Humano (Sedh), encerrou nesta quarta-feira (11) o workshop: Desafios dos Sistemas de Proteção Social no século XXI: como fica o combate à pobreza?, que teve início segunda-feira (9) e como ministrante a professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lena Lavinas.
O evento reuniu técnicos da área da Assistência Social vinculados a diversos órgãos como: Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad),Colegiado de Gestores Municipais de Assistência Social (Coegemas), Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e Conselho Regional de Assistência Social (Cress/PB).
O curso de formação teve como objetivo proporcionar aos técnicos de Assistência Social desses órgãos entendimento quanto às mudanças em curso do ponto de vista da Política Social. Debater o processo de reformas que impactam na Política de Assistência Social e os desafios na conjuntura de congelamento dos gastos com as Políticas Socioassistenciais, a implementação de reformas que ocasionaram o desmonte do sistema de seguridade no campo dos direitos sociais.
Segundo a professora Lena Lavinas, é importante que os participantes entendam as mudanças em curso do ponto de vista da Assistência Social que vêm passando por processo de transformação radical, em razão do processo de financeirização das economias brasileira e mundial. “Cada vez mais é o mercado financeiro, são as instituições financeiras que passam a determinar e configurar a política macroeconômica, bem como a política social, porque é evidente que a política social é dependente da política econômica, o que levará a uma privatização crescente dos serviços públicos e o crescente indevidamente das famílias para ter acesso a serviços que antes eram desmercantilizados”, afirmou a professora.
Para a gerente executiva de Assistência Social da Sedh, Patrícia Larrissa de Oliveira, o workshop veio no momento certo, trazendo a compreensão desses processos de mudanças que estão acontecendo no Brasil, sobretudo na área da assistência. “E será oportuno para os pilares que formam a assistência trabalharem de maneira intersetorial estratégias de resistência para defendermos os desafios em defesa de uma política que, diante da conjuntura atual, necessita se fortalecer tecnicamente para enfrentarmos as dificuldades que virão. E pensar principalmente no segmento mais carente, que sem dúvida será o mais comprometido na oferta dos serviços públicos de proteção social, que trata a Política de Assistência Social”, complementou.